Atenção o rapaz sempre chamou, seja pela beleza, pela simpatia ou pelo modo descontraído de levar a vida, mas o que conta no momento para Rodrigo Hilbert, o maridão de Fernanda Lima, é que ele vem conquistando uma legião de fãs cada vez maior graças ao seu programa Tempero de Família, que ganha nova temporada no canal GNT, a partir de 10 de agosto, às 20h.
Nesta nova empreitada, dirigida por Gigi Soares, o apresentador mostrará a rica gastronomia portuguesa. “As gravações foram ótimas, em cada episódio tivemos um convidado diferente, mostrando pratos conhecidos pelos brasileiros e outros não, mas todos populares em Portugal”, conta Rodrigo.
Bom de papo, Rodrigo se mostra um entrevistado gentil e ligeiro, mal atende a ligação e começa a contar como teve início essa trajetória de sucesso. “A ideia do programa foi da Fernanda, que sabia que eu gostava de cozinhar e, depois que a gente se casou e foi morar no Recreio, aqui no Rio de Janeiro, cada vez mais cozinhava em casa, e ela gostava da minha comida, me elogiava, curtia, pedia para fazer alguns pratos para ela”, conta o ator, revelando que seguia uma tradição familiar.
“Desde que me conheço por gente, era tradicional o almoço de fim de semana e eu preservei o costume de, todo domingo, fazer galinha ensopada com macarronada caseira, mas com massa feita em casa mesmo”, diz.
E foi em um desses fins de semana que Fernanda convidou uma amiga para almoçar. “Era a Gisela Matta, que foi lá em casa e começou a me filmar fazendo almoço, brincando, batendo papo, sem pretensão nenhuma”, conta Rodrigo. “Depois desse dia, Gisela voltou para Nova York, onde morava, e, um tempo depois, me mandou o videozinho, de um minuto, com sua edição”, explica o apresentador, contando ainda que, sem ele saber, ela mandou o material para o GNT e daí surgiu a proposta para apresentar um programa.
“Topei na hora, mas tive de abrir mão de participar de uma novela na Globo. Arrisquei ficar com o Tempero de Família, que deu supercerto, foi bem recebido pelo público e agora estamos para começar a 19.ª fase do programa.”
Passados quatro anos desde a estreia de Tempero de Família, a primeira temporada continua sendo a que Rodrigo guarda com mais carinho. “Foi nela que mostrei a minha história de vida, as receitas da minha família, da minha avó. Foi gravado lá no Sul, em Santa Catarina, na casa da minha avó, na garagem dela, com minha mãe e todas as minhas tias em volta da mesa para o cafezinho da tarde, com cucas, bolinho de chuva, pão de milho, de trigo, café com leite, com nata, com mel”, afirma um emocionado Rodrigo.
Mas, apesar de ter sido um momento de muita alegria e realização, também foi marcado pela perda da diretora e amiga Gisele Matta, que morreu vítima de atropelamento, uma grande tragédia para Rodrigo.
Mas o programa vingou e o sucesso pode ser conferido por Rodrigo do jeito que ele gosta, na rua, no contato direto com seu público, já que não gosta de visitar o mundo virtual. “Antes do fim da primeira temporada, sabia que tinha sido legal, que poderia continuar e as pessoas me paravam na rua para falar que tinham gostado do programa e de como conseguimos mostrar uma forma fácil de cozinhar. Achei muito bom ouvir isso e comecei a pensar na segunda temporada, na terceira e aqui estamos. Tempero de Família, vida longa, graças a Deus”, comemora o rapaz.
Em cada nova temporada, Rodrigo revela alguma habilidade nova, além de cozinhar. Em um dos programas, construiu um forno de aço; em outro, fez tricô, momento que bombou nas redes sociais, recebendo diversos elogios. “Meu avô tinha uma serraria. Eu, moleque de 12 anos, adorava ficar colado nele para aprender o que pudesse dessa profissão. Foi também nesse tempo que aprendi a cozinhar com minha mãe”, conta.
É bem provável que uma das razões do sucesso do programa seja a forma de vida de Rodrigo Hilbert, e como isso se reflete na tela da TV. Ele se diz um cara normal, mas do tipo que gosta da vida mais saudável: adora pedalar sua magrela e ama estar em casa com a família, com os filhos.
“Outra noite, meu filho João estava com febre, dorzinha de garganta. Aí falei: ‘Peraí, filhão, a gente vai curar isso através da comida’. Tinha acabado de chegar de uma reunião do programa, mas fui para a cozinha e fiz uma canja, igual à da minha mãe, que curava tudo, levantava defunto. Ele se sentou à mesa comigo, com o Chico e a Fernanda e tomamos juntos essa canjinha. Isso é impagável. É algo que a gente vai levar para o resto da vida – não estou forçando nada, apenas passo essas coisas para meus filhos de uma forma vivenciada. Acho que eles vão guardar para sempre.”
Fonte: Estadão