Um conjunto de fotografias revelou o interior do Complexo Médico-Penal, em Pinhais (região metropolitana de Curitiba), onde políticos, ex-dirigentes da Petrobras e executivos de empreiteiras apanhados na Operação Lava Jato estão presos.
As imagens foram publicadas pela revista “Veja”.
Entre os detidos estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado de usar sua empresa de consultoria como fachada para intermediar propina da Petrobras, e Marcelo Bahia Odebrecht, herdeiro e principal executivo do quarto maior grupo privado do país até ser preso por ordem do juiz Sergio Moro em junho do ano passado.
Cada cela tem 12 metros quadrados e três presos –a proporção de 4 m² por prisioneiro é superior aos padrões da Corte Europeia de Direitos Humanos (3m² por pessoa).
Uma das imagens mostra o material entregue pela penitenciária a cada recém-chegado: travesseiro com as iniciais do presídio, lençol, toalha de banho e uma caneca de plástico da cor azul.
Na cela, a cama é de cimento e há uma latrina rente ao chão, chamada pelos detentos de “boi”, e um pequeno tanque. A luz natural entra por uma janela retangular pelo extremo oposto à porta do cubículo.
A sala de banho é coletiva. Numa delas, há quatro duchas que saem da parede. O chão é de cimento queimado.
Os presos acordam às 6h30 e se recolhem às 22h.
É possível que o pavilhão 6 perca alguns de seus moradores involuntários, se for concretizado o acordo de delação premiada dos executivos da Andrade Gutierrez.
