Da mesma turma de galãs dos anos 90, Martins fez questão de enfatizar que não acompanhou todo o caso de assédio envolvendo o ator, denunciado pela figurinista Su Tonani, mas considerou pesada a punição ao colega.
“Nunca fomos amigos, trabalhamos em algumas produções, mas eu vejo sempre pelo lado do humano. Acho que ele não merecia essa retaliação. Errou? Errou, mas quem somos nós para julgar o outro? Estou falando por mim. Muitas vezes as pessoas julgam e até condenam sem saber direito o que aconteceu e ninguém sabe o que realmente aconteceu. Sabem? Eu só sei de uma coisa: esse mundo é muito perverso”, explicou o ator durante o evento realizado nesta quinta-feira (17), nos Estúdios Globo.
“Eu nunca tive nada parecido, nunca vivi uma situação parecida, então é difícil falar. Mas se fosse comigo com relação à rescisão de contrato eu iria respeitar e, claro, sofrer. Mas eu iria logo buscar outras coisas para fazer como vender picolé ou cachorro quente, por exemplo. Daria a volta por cima e deixaria tudo para trás. Teria outra vida porque isso tudo aqui é ilusão. O importante mesmo é ter saúde e trabalho”.
O ator ainda comentou a denúncia de assédio feita pela figurinista, que ganhou apoio de vários artistas da Globo. “Assédio, discriminação, preconceito, falta de respeito, todo mundo tem o direito e o dever de denunciar. Tudo isso é muito louco, tudo isso faz muito mal”, disse.
“Eu acho que as pessoas precisam falar mais em Deus ou Jeová, Oxalá seja qual for a religião. Ninguém mais fala em Deus. Quando você fala para uma pessoa: ‘Vai com Deus’, ela te olha com desconfiança. Parece coisa do outro mundo e isso é o fim”.
Fonte: UOL
Créditos: Ana Cora Lima