MPF vai investigar promotor suspeito de tortura durante regime militar na Paraíba

A Comissão Estadual da Verdade protocolou, ontem, no Ministério Público Federal, a primeira solicitação de abertura de processo investigatório criminal contra um suspeito de tortura durante o regime militar (1964-1985). O grupo quer ouvir o promotor público aposentado no Ceará, Francisco de Assis Oliveira Marinho, que no período investigado usava o nome de sargento Marinho. A ação foi protocolada durante reunião de integrantes da comissão com o procurador da República dos Direitos do Cidadão na Paraíba, José Godoy de Souza.

MPF vai investigar promotor suspeito de tortura durante regime militar

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A Comissão Estadual da Verdade protocolou, ontem, no Ministério Público Federal, a primeira solicitação de abertura de processo investigatório criminal contra um suspeito de tortura durante o regime militar (1964-1985). O grupo quer ouvir o promotor público aposentado no Ceará, Francisco de Assis Oliveira Marinho, que no período investigado usava o nome de sargento Marinho. A ação foi protocolada durante reunião de integrantes da comissão com o procurador da República dos Direitos do Cidadão na Paraíba, José Godoy de Souza.

Francisco de Assis Marinho, segundo as investigações, reside hoje na região metropolitana de Fortaleza. Ele é acusado de ter participado diretamente de torturas e sequestros durante o regime militar em duas granjas particulares próximas a Campina Grande. No relatório apresentado pela comissão, seis presos políticos são apontados como vítimas do sargento. Segundo Fábio Freitas, coordenador do Grupo de Trabalho “Mapa da Tortura da Paraíba” e membro da comissão, Francisco Marinho era o braço direito do major Paulo Câmara, comandante da 5ª Companhia de Infantaria da Paraíba.

Jornal da Paraíba