Desde que MC Gui divulgou, nesta segunda-feira, um vídeo no qual ri de uma criança que passeava na Disney, nos Estados Unidos, o funkeiro vem recebendo uma chuva de críticas nas redes sociais.
Ele está de férias e gravou o vídeo em um trem que leva visitantes aos parques de diversões. MC Gui aparece dando risadas e depois aproxima a câmera no rosto de uma menina que segundo o famoso, parecia com a “Boo”, personagem da animação “Monstros S.A.”. A criança parece perceber que está sendo filmada e aparentemente fica constrangida e incomodada com a atitude do MC.
É possível ouvir o momento em que alguém diz “para, Guilherme”. A publicação foi apagada logo depois.
A despeito dos comentários predominantemente críticos ao comportamento de MC Gui, o cantor viu seus números aumentarem nas redes sociais nos dois dias de polêmica.
Na segunda-feira, por exemplo, ele teve um balanço positivo de 1.151 seguidores no Instagram, segundo o site de monitoramento “Social Blade”. Na terça, o número era duas vezes maior: 2.615 seguidores a mais, num balanço que inclui aqueles que pararam de segui-lo. A média nas últimas duas semanas era de 435 novos followers por dia.
Contratos cancelados
Por outro lado, a repercussão ruim doeu no bolso do cantor: uma escola de idiomas em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e o organizador de um evento na cidade de Cambuquira, em Minas Gerais, cancelaram os shows que o MC Gui faria nos municípios.
MC Gui também teve um contrato com uma marca cancelado. Uma loja que vendia os produtos licenciados pelo cantor publicou uma nota explicando que vai deixar de vender qualquer coisa relacionada ao funkeiro. “Não compactuamos com qualquer tipo de preconceito, principalmente quando se trata de uma criança indefesa”.
Em nota, o CNA Três Lagoas diz que o cantor se apresentaria em um evento de Halloween marcado para o dia 31 de outubro. A instituição não cita o episódio, mas reforça que “ética e respeito fazem parte dos valores da nossa empresa e qualquer situação que vá contra nossos princípios em nenhuma hipótese é aceita”.
A Prefeitura de Cambuquira emitiu um comunicado informando “que não era a organizadora do evento ‘Festa de Rua’, com o cantor MC Gui, e que apoiava somente cedendo o local para a realização do evento. Informa ainda que não compactua com gestos de bullying de qualquer forma e que o organizador do evento informou seu cancelamento”.
Guimê sofre por tabela
A crise de MC Gui acabou esbarrando também em outro funkeiro: MC Guimê. Por conta da semelhança entre os nomes, o “rei do funk ostentação” viu seus canais nas redes sociais serem inundados de críticas e comentários agressivos.
O volume foi tão considerável que Guimê publicou no Instagram um esclarecimento: “Estão me confundindo com outro ‘MC’. Eu (GUIMÊ) não estive na Disney, inclusive já faz um tempo que não vou aos EUA. Estou aqui no Brasil trabalhando bastante, criando, compondo e produzindo músicas novas e novos projetos. Obrigada pelo respeito”.
A também funkeira Lexa, mulher de MC Guimê, gravou um vídeo esclarecendo a situação: “Guimê, meu marido, não tem nada a ver com o que está acontecendo no dia de hoje. Tem gente detonando, desejando morte e o caramba para ele”.
O outro lado
MC Gui publicou um pedido de desculpas no Instagram esclarecendo que gravou as imagens por ter ficado “impressionado” com a caracterização da criança e de toda a família dela. Ele diz ainda que “não teve intenção de ofender ninguém” e alega que foi interpretado de forma “errada”.
“Encontrei uma família fantasiada de ‘Monstros S.A.’ e achei aquilo incrível, nunca tinha visto em qualquer lugar. Não foi algo que deixou ninguém constrangido. Tanto que depois que eu fiz o vídeo desceu todo mundo junto e conversamos. Demos risadas, todo mundo. Tirei fotos com outras crianças também. Em momento algum eu fiz isso para atacar alguém, para praticar bullying, principalmente com uma criança”, disse o MC Gui.
Fonte: Meia Hora
Créditos: Meia Hora