Quando você pensa em fazer horas e mais horas de sexo, sem parar para descansar, qual a sua primeira sensação: muito tesão ou um leve desespero? Se a resposta for a segunda, você não está sozinho(a).
O fato é que, ainda que exista um hype em torno das longas durações de uma transa, na prática, a ideia não é tão quista. De acordo com a psicóloga e sexóloga Tâmara Dias, “maratonas sexuais” são bastante superestimadas.
“Não existe um ideal sobre quanto tempo o sexo deve durar para que seja satisfatório. Precisamos levar em consideração que cada pessoa vai ter o seu próprio tempo, e não existe certo ou errado. A questão é estar alinhado entre as parcerias para que, independentemente da duração, esse momento seja prazeroso para os dois”, explica.
A sexóloga garante: o que mais importa e vai determinar a qualidade do rala e rola é a entrega, a intensidade e o alinhamento entre os envolvidos para saber o que o outro gosta mais. “Quanto mais cobranças e expectativas colocamos para o momento de intimidade, mais chances de, na hora, a prioridade ser a performance e não a conexão”, afirma.
Mas e se…
Contudo, há que se pensar que uma maratona sexual é superestimada quando se pensa em sexo com o conceito construído dentro de uma sociedade machista e falocêntrica: a penetração. Desta forma, fica difícil pensar em horas de sexo como algo prazeroso (afinal, ninguém merece o “sexo britadeira”).
Ao ressignificar o sexo, uma maratona de muito chamego e lambeção não parece uma ideia tão ruim.
“Se for para elevar o nível da conexão, cumplicidade e intimidade do casal, é possível, por exemplo, um fim de semana inteiro dedicado ao sexo. Vale tudo: beijos sem pressa em todas as partes do corpo, beijos molhados, leves mordidas, carícias com as pontas dos dedos e com objetos de várias texturas. Oral com sensações de quente e frio, com sabores, devagar, rápido, em posições variadas”, lista.
Apesar da maioria insistir em pensar o contrário, o sexo vai muito além das genitálias e o corpo inteiro é erógeno. Logo, o céu é o limite quando o assunto são os estímulos sensuais. “Nesse momento, brinquedos também podem ser explorados, porque existem vários tipos.
Antes, vale lembrar: é importante não existir cobrança para o orgasmo. O ápice do prazer precisa ser visto como uma consequência de um sexo gostoso, não como uma “linha de chegada” que pretere o processo. “Garanto que essa relação nunca mais será a mesma. Faça o tempo parar, olhe nos olhos, sem julgamentos e com admiração, sinta a respiração da parceria”, indica.
Gostou da ideia? Tâmara dá mais três dicas para a maratona de “toma, toma, vapo, vapo” ser inesquecível:
- “Prepare o ambiente com segundas intenções, para que ele fique convidativo, sexy e aconchegante”;
- “Faça uma ‘caixinha do prazer’ cheia de elementos diferentes para vocês experimentarem juntos. Brinquedos, géis beijáveis e excitantes, algemas, vendas, velas…”;
- “Esteja totalmente presente, por inteiro(a) no momento, esqueça o mundo lá fora, como está o cabelo, se a maquiagem borrou… Esqueça as preocupações e externas.”
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba