O governo dos EUA, em sua página sobre a pesquisa do uso de Cannabis sativa e canabinoides, do National Cancer Institute, revelou que a maconha é uma aliada na luta contra o câncer.
O instituto é parte do Departamento de Saúde dos Estados Unidos e informou que “os canabinoides podem ser úteis no tratamento dos efeitos colaterais do tratamento de câncer”, seja através do fumo, do consumo em alimentos ou em chás.
O site também lista outras utilizações, incluindo atividade anti-inflamatória, bloqueio do crescimento de células e de vasos sanguíneos que alimentam tumores, atividade antiviral e alívio de espasmos musculares causados pela esclerose múltipla. A página também explica como as células cancerígenas em ratos foram mortas quando expostas à maconha.
Diversos estudos científicos relataram tais benefícios no passado. Em abril deste ano, o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, do governo dos EUA, revisou suas publicações para sugerir que o princípio ativo da maconha, poderia encolher tumores cerebrais, matando as células cancerosas.
Existem agora dois medicamentos aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration) para pacientes com câncer que estão disponíveis nos EUA. Ambos contêm canabinoides. No Reino Unido, o THC é encontrado na droga prescrita Sativex, mas ainda não é considerado amplamente útil para fins médicos.
O Brasil também aprovou a droga para fins médicos, desde janeiro, com aval da Vigilância Sanitária, destinada a um tratamento único. Porém, não existem medicamentos à base de canabidiol no Brasil, mas a Anvisa leva até nove meses para aprovar a venda de novos remédios. Uma empresa da Europa já entrou com um pedido para entrar em território nacional com o produto, e a solicitação está sendo analisada.
Os laboratórios no Brasil podem pesquisar o canabidiol (CBD) com a condição de não cultivarem a maconha, ainda criminalizada no país. Desde então, a Anvisa se comprometeu a adotar algumas medidas para facilitar a importação de produtos com CBD mais utilizados, com liberação prévia.