Rosa Magalhães, carnavalesca que fez história pelas escolas Império Serrano, Estácio de Sá e Imperatriz Leopoldinense, eventualmente se tornando recordista de vitórias na Sapucaí, morreu aos 77 anos. A causa da morte foi um infarto.
Magalhães começou carreira em 1970, como assistente de Fernando Pamplona no Salgueiro – no ano seguinte, a escola foi campeã com o enredo “Festa para um rei negro”. Só na década seguinte Magalhães fez sua estreia como carnavalesca principal, inicialmente em parceria com Lícia Lacerda, no Império Serrano.
Já em 1982, foi campeã pelo Império com “Bum bum paticumbum prugurundum”, e em 1987 comandou a Estácio de Sá no histórico desfile “Ti-ti-ti do sapoti” – que ficou no 4º lugar, mas foi sensação na Sapucaí.
A época de ouro de Magalhães foi na Imperatriz, no entanto, onde conquistou nada menos do que cinco campeonatos do Canarval do Rio entre 1994 e 2001 – incluindo três anos seguidos entre 1999 e 2001. Entre os enredos marcantes da artista, frequentemente com inspiração histórica, destaque para “Catarina de Médicis”, “Mais vale um jegue”, “Theatrum rerum” e “Cana-caiana”.
Após a saída da Imperatriz, Magalhães ainda foi campeã novamente pela Vila Isabel, em 2013. O seu último desfile, enquanto isso, foi em 2023, pela Paraíso do Tuiuti, ficando no 8º lugar do Carnaval carioca.
Para além da Sapucaí, a artista foi cenógrafa em várias séries e novelas, e coordenou as festas de abertura e encerramento – respectivamente – dos Jogos Pan-Americanos de 2007 (cerimônia pela qual venceu um Emmy Internacional) e das Olimpíadas de 2016, ambas realizadas no Rio.
Fonte: Omelete
Créditos: Polêmica Paraíba