Diferentona?

LÁBIOS PERFEITOS?: entenda como os padrões estéticos da vulva influenciam na autoestima da mulher

Uma pergunta que já se passou na cabeça de toda garota é: minha vagina é normal? A resposta é SIM, pelo menos na maioria dos casos. Mas fica tranquila que vamos explicar tudinho para tirar qualquer dúvida.

Foto: reprodução / Internet com edição de Marcelo Júnior

Sem dúvidas, muitas mulheres já pararam para se perguntar: minha vagina é normal? A resposta é SIM, pelo menos na maioria dos casos. Mas fica tranquila que vamos explicar tudinho para tirar qualquer dúvida.

Começando pelo básico, vamos entender melhor essa parte do corpo. A vulva é uma parte do nosso sistema genital, constituída pelos pelos grandes lábios e pequenos lábios, o clitóris, o monte de Vênus, a abertura da vagina e outras estruturas anatômicas. Ou seja, aquela parte externa que a gente sempre enxerga é a vulva. A vagina em si é o tubo que conecta a vulva ao colo do útero e ao útero.

Quem explica isso tudo para a gente é a Dra. Fatima Oladejo, ginecologista e obstetra. Em conversa com a todateen, ela comentou sobre a autoestima e os padrões estéticos relacionados a vulva.

Tendo em vista que muitas mulheres por aí se sentem inseguras sobre o tamanho, o formato e até mesmo a cor da vulva, a Dra. já esclarece que “da mesma forma que temos seios diferentes, olhos diferentes, cabelos diferentes, a nossa vulva também varia em cor e formato. Isso está na carga genética que comanda as nossas características fenotípicas, ou seja, características que o mundo observa”.

Assim, talvez um lábio seja mais longo ou um pouco enrugado que o outro e tá tudo bem. Não precisa se preocupar com isso e muito menos enxergar essa parte sua como um defeito, longe disso. As variações são normais e provavelmente a sua vulva vai ser diferente das outras que você já viu.

Embora exista um padrão estético, ele é baseado em uma tendência de oprimir e encaixar mulheres em uma imagem inalcançável na realidade. Segundo a especialista, isso tem origem do aspecto da sociedade machista, racista e até mesmo ligado a pedofilia. “A indústria pornográfica inclusive é uma das grandes responsáveis por disseminar esse padrão que na verdade não existe, uma vulva “rosa”, com pequenos lábios quase inexistentes e sem pelos”, conta.

Até hoje, com o assunto cada vez mais em pauta e os movimentos de aceitação, muitas mulheres ainda se sentem envergonhadas com o próprio corpo. O mais preocupante diante da situação é que, ao tentar atingir esse padrão inexistente, podemos prejudicar o funcionamento e provocar sequelas que atrapalhem nossa vida sexual e até além disso.

“Alimenta um comércio estético que visa “corrigir” questões que na verdade não estão erradas, e impõe uma pressão estética inalcançável piorando cada vez mais as disfunções sexuais femininas, impedindo que as mulheres atinjam seu prazer sexual pleno, o que é bem covarde no meu ponto de vista”, opina.

A vulva é um órgão funcional no nosso corpo e precisa ser protegido. Cada corpo é único da sua forma, então vão haver diferenças, mas essas distinções não devem ser tratadas de forma negativa. Para a Dra., essa mudança no comportamento, o jeito de se sentir sobre si mesma, deve vir por meio de um estímulo às nossas crianças e jovens adultas a conhecerem corpos reais, sem idealizações.

“O autoconhecimento e a educação sexual nas escolas promovendo o conhecimento real do funcionamento do nosso corpo são aliados para desfazer esse conceito retrógrado que é imposto sobre as mulheres”, finaliza.

Lembre -se: a sua vulva pode ser diferente de todas as outras que já viu, seja no formato, na cor, no tamanho ou o que for. A menos que esteja sentindo mudanças, como odores e desconfortos físicos, essa parte do seu corpo está normal!

Fonte: Toda Teen
Créditos: Polêmica Paraíba