A Justiça de São Paulo confirmou pela segunda vez a validade do testamento do apresentador Gugu Liberato, que morreu aos 60 anos num acidente doméstico nos EUA, em novembro. A coluna publica a decisão com exclusividade nesta quinta (27).
Trata-se de uma nova vitória da família materna de Gugu, que briga com a doutora Rose Miriam di Mateo, médica, mãe dos filhos do apresentador, que teve novamente seus pedidos negados.
A defesa de Rose vai recorrer. Nelson Willians, advogado da médica, considerou que “o desembargador analisou o recurso de forma superficial”.
O Tribunal de Justiça reafirmou os direitos dos herdeiros previstos no testamento assinado e lavrado em 2011.
Pelo documento os três filhos de Gugu ficarão com a maior parte da herança, sendo que o restante será dividido entre seus sobrinhos. A mãe, dona Maria do Céu, terá uma pensão vitalícia.
A Justiça negou novamente o bloqueio dos bens do inventário e manteve Aparecida Liberato, irmã de Gugu, como inventariante e curadora das filhas menores Marina e Sofia.
Gugu tem ainda um terceiro filho mais velho, João Augusto, 18.
A decisão foi do desembargador Galdino Toledo, que identificou também o conflito de interesses entre a mãe e seus filhos porque, para Toledo, ela reclama a parte dos filhos na herança.
O juiz também incluiu em sua decisão que o contrato firmado entre Gugu e Rose não indica a vontade de viverem sob o mesmo teto como casal. De fato, eles nunca moraram juntos.
Desde que entrou na Justiça em busca de 75% da herança deixada pelo apresentador, que passou pela Record e SBT, Rose até aqui teve todos os seus pedidos negados.
Em nota enviada sobre a decisão, o advogado Nelson Willians, que representa Rose Miriam, afirmou:
“O desembargador analisou o recurso de forma superficial. Mas vale destacar que asseverou que a questão depende de análise mais profunda perante o juízo onde tramita o pedido de reconhecimento de união estável, que é onde tudo se resolverá com o consequente reconhecimento.
Da mesma forma, ressalta-se que o desembargador manteve, ao menos por ora, a reserva dos bens. O Recurso ainda será julgado em seu mérito por três desembargadores que compõem a 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Somente depois da apresentação da contraminuta, a turma julgadora irá de fato analisar o objeto do agravo.”
Vale lembrar que a médica não fica sem nada, no entanto.
Ela já tinha ganho uma casa de valor em torno de R$ 6 milhões, US$ 500 mil em ações de um time nos EUA.
Ainda não está definido, mas Rose ao final também deve continuar recebendo uma pensão de cerca de US$ 10 mil mais os gastos da casa mantida em Orlando, onde Gugu morreu.
Em réplica à resposta acima, Carlos Regina, advogado dos herdeiros de Gugu, enviou a seguinte nota:
“Não é correta a informação quanto a reserva de bens. Os pedidos da Dra rose foram todos rejeitados pelo Tribunal. Nada foi concedido pelo desembargador. Nem a reserva de bens, nem qualquer outra espécie de pedido.
Todos os bens estão livres e a inventariante Aparecida Liberato é a responsável designada pelo judiciário. A decisão do desembargador privilegiou a boa fé. Tanto quanto dos filhos de gugu e da inventariante. Tudo seguirá conforme previsto no testamento de Gugu.
O advogado Nelson Willians deve ler com mais atenção a decisão do tribunal.”
Fonte: Ricardo Feltrin
Créditos: UOL