Instrumental Sesc Brasil destaca o protagonismo negro na música instrumental brasileira

No mês em que se celebra o Dia da Consciência Negra, o Instrumental Sesc Brasil apresenta cinco shows com instrumentistas negras e negros no intuito de ampliar e reconhecer o protagonismo destes na música instrumental brasileira. A programação é gratuita e acontece às terças-feiras, 19h, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, e transmitida ao vivo no canal do YouTube do ISB.

A abertura acontece no dia 1/11, com o pernambucano Lello Bezerra, um dos mais expressivos guitarristas brasileiros da atualidade. O músico apresenta o show Desde já com um repertório composto por peças inéditas, composições de seu primeiro álbum Desde Até Então e improvisações livres. Participam as percussionistas Sthe Araújo e Valentina Facury, com a participação especial da multiartista Saskia.

No dia 8/11, direto de Salvador (BA) o grupo de afrojazz Solista Qué Base sobe ao palco com uma seleção autoral que mescla diferentes linguagens musicais, tendo o jazz e vertentes da música de matriz africana como bases. O grupo é formado por Anderson do Samba (percussão), Ângelo Santiago (contrabaixo), Gilberto Santiago (vibrafone) e Graham Haynes (cornet).

Na terça seguinte, dia 15/11, é a vez de Silas Prado Sexteto, de Belo Horizonte (MG) com composições e arranjos influenciados diretamente pela música afro-mineira. A banda é formada por Silas Prado (saxofone e flautas), um dos vencedores do 21° Prêmio BDMG Instrumental, Acauã Ranne (percussão e guitarra), William Pajé (trompete e flugelhorn), Lucas de Moro (piano e teclado), Egberto Brant (contrabaixo) e Cyrano Almeida (bateria), com a participação de Gaia Wilmer (saxofonista).

No dia 22/11, a compositora, bandolinista, cavaquinista e cantora Nilze Carvalho vem do Rio de Janeiro para apresentar um repertório de samba e choro em comemoração aos 40 anos da série de quatro álbuns Choro de menina. Com Nilze Carvalho (bandolim), Hudson Santos (violão 7 cordas), Laila Aurore (cavaquinho), Magno Julio (pandeiro) e Robertinho do Acordeon (acordeon).

Para encerrar a programação, dia 29/11, Salloma Salomão apresenta o repertório da trilha autoral original da peça NZinga, que tem as musicalidades pesquisadas e (re)criadas pelo músico, com arranjos feitos em parceria com Gui Braz, mergulhados em aspectos timbrísticos dos povos bantos. Salloma é acompanhado da banda Al Andaluz, composta por Manoel Trindade e Érica Navarro (violoncelo), Fábio Leandro (piano e teclados), Gui Braz (guitarra), Denys Felipe (sax tenor), Mateus (bateria) e Diego Champis (baixo elétrico).

O Instrumental Sesc Brasil é um projeto pioneiro do Sesc São Paulo, dedicado à música instrumental, que promove o encontro entre músicos novos e consagrados de diversas vertentes. Teve início no palco do Sesc Avenida Paulista, no início da década de 80, sendo transferido desde maio de 2010 para o Sesc Consolação onde os shows acontecem atualmente.

Ingressos 

Para assistir aos shows, não é necessário ser matriculado no Sesc; basta retirar o ingresso na bilheteria do Sesc Consolação a partir das 14h ou no portal sescsp.org.br, a partir das 12h, no dia de cada apresentação.

Transmissão ao vivo e interação com o público

Para aqueles que preferirem, as apresentações são transmitidas ao vivo, por meio do canal do YouTube do Instrumental Sesc Brasil (www.youtube.com/instrumentalsescbrasil). Além disso, os internautas têm a possiblidade de fazer perguntas aos artistas, que são respondidas com a mediação da jornalista Patrícia Palumbo durante o show.