A agência internacional de notícias Associated Press publicou nesta quarta-feira (9), em inglês, uma reportagem sobre a Igreja Cristã Contemporânea, uma igreja pentecostal que se tornou conhecida por defender a causa gay. Ainda pela manhã, a reportagem já foi publicada por mais de uma dezena de veículos de imprensa do resto do mundo, destacando que a igreja oferece um lar espiritual para fiéis rejeitados em outros lugares.
“Quase sem presença poucas décadas atrás, pentecostais agora são mais de um quinto da população do Brasil, que é o lar de mais católicos de que qualquer outra nação. Eles geralmente são mais conservadores de que os católicos: fazem oposição feroz ao aborto, que é proibido a não ser em algumas circunstâncias, e ao casamento gay; e recentemente uniões civis de pessoas do mesmo sexo foram autorizadas a serem transformadas em casamentos completos. Algumas igrejas pentecostais brasileiras oferecem até mesmo programas que dizem serem capazes de ‘curar’ gays”, diz a reportagem. E é por isso que a celebração da Igreja Cristã Contemporânea é tão relevante, explica.
Segundo o fundador da igreja, Marcos Gladstone, o público dela é formado por homossexuais e parents de gays que estão “cansados do discurso homofóbico”.
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O crescimento das igrejas pentecostais no Brasil costuma ser notícia internacional com alguma frequência. Uma reportagem recente no jornal de economia “Financial Times” descreveu o quanto igrejas assim prosperam financeiramente mesmo em épocas de crise, como a atual. Uma outra, no “New York Times”, falou sobre as crianças que fazem sermões em cultos nas igrejas evangélicas do Brasil. Além disso, a presença de políticos de forte relação religiosa no Congresso brasileiro também tem sido tema de reportagens em outros países.
Apesar de o maior destaque ser dado sempre ao crescimento do número de evangélicos, o Brasil costuma ganhar destaque internacional por conta do alto grau de liberdade religiosa no país. O Brasil é reconhecido internacionalmente como o país com maior liberdade religiosa do mundo, segundo uma pesquisa do Pew Research Center divulgada neste ano. O estudo, realizado entre 2007 e 2013, revelou ainda que o número de restrições tem se tornado ainda menor ao longo do tempo.
Fonte: UOL notícias
