Piada considerada homofóbica de Rodolffo contra Fiuk, que é hétero, por conta de um vestido, mexeram com Gil a ponto de o líder da semana indicar o cantor sertanejo ao paredão.
Gay assumido, o doutorando em Economia sentiu na pele o tom discriminatório, intencional ou não. Ela já havia se tornado alvo de contestação — inclusive da parte de sua principal aliada, Sarah — em razão do beijo na boca em Lucas.
Ao emparedar Rodolffo sob a alegação de homofobia, Gil dá contribuição valiosa ao discurso de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, queers, não-binários, intersexuais e outros gêneros e identidades sexuais.
Chiliques desnecessários à parte, ele se aproxima da relevância de Jean Wyllys, o primeiro e até agora único homossexual declarado a vencer uma edição do Big Brother Brasil.
No ‘BBB5’, o professor e jornalista — nordestino como Gil — também enfrentou piadas e hostilidades de alguns colegas de confinamento e de parte dos telespectadores.
No fim, o carisma, a coerência no jogo e o discurso antipreconceito o tornaram campeão com 55% dos votos. Grazi Massafera foi a segunda colocada.
Gil já figurou como grande favorito ao prêmio no ‘BBB21’. Perdeu parte da torcida por seu comportamento instável, com rompantes de egocentrismo e exaltação no limite da agressividade.
Participante mais eufórico nos primeiros dias de programa, se deixou dominar pela obsessão por estratégias para evitar a eliminação e se livrar de adversários. Faz parte da dinâmica. Tomara que reencontre a alegria de ser quem é.
Ex-deputado federal, Jean Wyllys renunciou à vida parlamentar e se refugiou fora do Brasil após sofrer ameaças de morte. Continua a militar pela causa LGBTQIA+ no meio acadêmico internacional e pelas redes sociais.
Fonte: Terra
Créditos: Polêmica Paraíba