A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa, nesta terça-feira (25), 44 dias na Paraíba. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho da Paraíba (Sindsprev-PB), a paralisação afetou o atendimento das 39 agências do INSS na Paraíba, sendo que 10 estão totalmente fechadas e 29 estão parcialmente paralisadas. Ainda segundo o sindicato, aproximadamente 70% dos cerca de 1.100 servidores do órgão na PB paralisaram as atividades. Não há estimativa de quantos atendimentos estão deixando de ser realizados.
De acordo com o Elzevir Cavalcante, diretor de administração do Sindisprev-PB, a categoria aguarda o envio oficial da contraproposta por parte do governo federal para iniciar a discussão do fim da greve, que até esta terça-feira, seguia sem previsão de término. “Foi informado primeiramente que essa resposta do governo seria dada na semana passa, mas por conta da visita da primeira-ministra da Alemanha, decidiram adiar para esta. Mesmo que enviem essa contraproposta até sexta-feira, a categoria só deve discutir um possível fim da greve na semana seguinte, porque tudo precisa ser conversado em assembleia”, explicou.
Ainda de acordo com a Sindisprev, os médicos do INSS decidiram não aderir a greve e, por conta disso, as perícias médicas realizadas pelo órgão continuam acontecendo normalmente durante a paralisação. Atendimentos considerados de urgência, como retenção do benefício por conta de problemas em documentação também estão sendo efetuados durante a greve, conforme Elzevir Cavalcante.
“Fazemos uma triagem e julgamos os casos que precisam de andamento. Normalmente os casos em que o beneficiário pode ficar sem receber o benefício são escolhidos para atendimento”, comentou. Durante a greve, a população que eventualmente precisar dos serviços do INSS pode recorrer aos requerimentos pela internet, no portal do INSS, ou pelo telefone, por meio do número 135. Mesmo que não seja feita pesssoalmente, a data de entrada do benefício será registrada no dia em que for requerida.
O G1 tentou contato com a Superintendência do INSS na Paraíba para conseguir números oficiais de agências e servidores em greve, mas as ligações feitas para assessoria do órgão não foram atendidas.
Os servidores federais pedem um reajuste salarial de 27,5% imediato, com aumento gradual para os próximos quatro anos, além de melhores condições de trabalho. A categoria entrou em greve por tempo indeterminado no dia 13 de julho. Além dos servidores do INSS, também aderiram à greve os servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
No caso do INSS, o SindsprevPB considera como casos de urgência as perícias médicas e as concessões de benefícios, já no caso do SRTE, apenas os pedidos de seguro desemprego e as emissões de Carteiras de Trabalho estão sendo feitos.