A onda de insatisfação dos usuários do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp com a função que mostra se as mensagens já foram lidas já chamou a atenção de cibercriminosos, segundo informou empresa de segurança da informação Eset.
A companhia identificou que o recurso “dedo-duro” está sendo usado como isca para golpes na internet. O esquema começa com a promessa para desabilitar a nova função, feita por meio de um link espalhado em redes sociais. Isso explora vontade das pessoas de se verem livres do recurso no WhatsApp que não pode ser desabilitado, muito embora haja maneiras de driblar a sinalizações para mensagens lidas.
Ao clicar no endereço, a vítima é redirecionada a uma página. Com o pretexto de enviar um código para concretizar a desativação, o golpe solicita o número de celular vinculado à conta no WhatsApp.
Esse golpe não pretende roubar os dados pessoais ou permitir acesso aos dispositivos do usuário, como geralmente ocorre. O objetivo é autorizar cobranças de quantias em dinheiro. Isso ocorre porque as condições do suposto “serviço” de cancelamento da função “dedo-duro” do WhatsApp, escritas em letras miudíssimas, estabelecem uma cobrança de US$ 1,80 (o equivalente a R$ 4,66) a partir da primeira mensagem que o usuário receber.
O prejuízo mensal pode chegar a US$ 45 (R$ 116,52), porque é estabelecido um total de 25 mensagens por mês. Quando a vítima insere seu número na página, sela o acordo. A Eset informa que já localizou alguns golpes como sendo espalhados em países da América Latina. Ainda não identificou alguma incidência no Brasil, mas, como a internet não possui fronteiras, o risco não está descartado.
Fonte: G1