A Justiça do Acre determinou, na segunda-feira, dia 7, que o goleiro Bruno Fernandes use tornozeleira eletrônica após um pedido do Ministério Público do estado (MP-AC) e que foi acolhido pelo juiz a Vara de Execuções Penais, Hugo Torquato. O jogador, que atua pelo Rio Branco AC, que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro, cumpre regime semiaberto após ser condenado a 22 anos e três meses de prisão, em 2013, por homicídio triplamente qualificado e sequestro de Eliza Samúdio. A ex-modelo foi morta em junho de 2010, quando o arqueiro ainda jogava pelo Flamengo. Mas o atleta não demonstra nenhum arrependimento e afirmou que “dorme com a consciência tranquila”.
Em entrevista ao programa “Conexão Repórter”, do SBT, o goleiro Bruno afirmou que não sente qualquer obrigação de se desculpar com ninguém e se negou a conversar sobre o caso de Eliza Samudio. Bruno foi acusado pelo amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, de ser o mandante do assassinato da ex-modelo, que nunca teve o corpo encontrado.
— Não (devo pedir perdão para ninguém). Todas as pessoas que pedi perdão já me perdoaram. Durmo com a minha consciência tranquila. Lógico que não (foi justa a condenação). Tem uma pancada de erro. Não sou bandido. As pessoas falam o que elas querem. O bandido vive do crime, o criminoso é a pessoa que comete um crime — disse o arqueiro, que não quis falar sobre erros que cometeu:
— Não vou tocar nesse assunto aqui. É uma situação que está nos autos e quem pode responder é a minha advogada.
Perguntado se era mandante do assassinato de Eliza Samudio, o goleiro Bruno negou:
— Eu não sou o mandante. Para prisão não volto, nunca mais. Não sou anjo, mas também não fui esse demônio — afirmou na entrevista.
Um dos motivos para a morte da ex-amante era o filho que o jogador teve com a modelo. No entanto, Bruno Fernandes nunca reconheceu Bruninho, hoje com 10 anos, como um dos seus herdeiros — ele ainda tem três filhas, duas do primeiro casamento e uma do segundo. O goleiro afirmou que só vai reconhecer a criança depois que um exame de “DNA” comprovar o vínculo.
Em 2012, o goleiro Bruno chegou a reconhecer na Justiça que era o pai de Bruninho. Mas dois anos depois, a defesa do jogador entrou com uma ação para anular o reconhecimento com base no fato de Bruno não ter feito o exame de DNA. Até o momento, o teste de paternidade nunca aconteceu.
— Ele não pode falar que é meu filho se não tiver exame de DNA. Se não tem um exame, existe a dúvida. Já pedi na Justiça. Se for realmente meu filho, eu falaria sim (com o menino — diz o jogador.
Na mesma entrevista, o filho e a mãe de Eliza Samudio também participam de alguns trechos. Ao ser questionado se tinha vontade de conhecer o pai, o menino disse que não.
— Por enquanto não. No futuro, talvez — disse a criança de 10 anos
Fonte: Extra
Créditos: Polêmica Paraíba