O bailarino Gabriel Morais, integrante da Companhia Municipal de Dança de João Pessoa, conquistou o prêmio de melhor bailarino do 41º Festival de Dança de Joinville (SC), edição 2024. O resultado foi divulgado na noite desta quinta-feira (25). O evento segue até este sábado (27), quando Gabriel volta a se apresentar na Noite dos Campeões no palco do Centreventos Cau Hansen, para um público com mais de 4,2 mil pessoas.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, afirma que, para a cidade de João Pessoa e sua política de cultura, o prêmio que Gabriel Morais ganhou em Joinville mostra a contribuição da Companhia Municipal de Dança ao fortalecimento da dança no município, ressaltando que a Companhia foi criada há três anos e seis meses, em plena pandemia.
Ele lembra que a Funjope selecionou os bailarinos e bailarinas e, desde então, eles vêm se empenhando em espetáculos extremamente refinados do ponto de vista da dança, tanto em João Pessoa quanto nos festivais dos quais têm participado nos diversos estados brasileiros, Fortaleza, Goiás, Recife.
“O prêmio que o Gabriel conquista no Festival de Joinville é um dos mais importantes do país e mostra a qualidade e a grandiosidade dos nossos bailarinos porque ele é reflexo de um trabalho em equipe desenvolvido pela Companhia Municipal de Dança. Todos os bailarinos e bailarinas estão de parabéns, não apenas o Gabriel. Evidentemente, ele tem o mérito pessoal, mas ele é fruto de um trabalho deste grupo de bailarinos e da equipe da Companhia Municipal de Dança”, declara Marcus.
Stella Paula Carvalho, que comanda a Companhia Municipal de Dança de João Pessoa, comemora a conquista. “Foi um presente e um grande incentivo para a dança de João Pessoa, da Paraíba e do Nordeste, que raramente é reconhecida entre os grandes agraciados”, comenta.
Para ela, este resultado reflete a confiança desta gestão, que acredita no potencial da Companhia Municipal de Dança e que ela é capaz de crescer e divulgar a arte local pelo mundo. “Quando a Companhia foi criada, ninguém imaginava que chegaríamos tão longe em tão pouco tempo. E isso é apenas o começo, muitas coisas boas estão por vir, fruto do empenho dos bailarinos, professores e equipe técnica”, ressalta.
A bailarina lembra que em 2023, Gabriel já mostrava o quão longe poderia ir. “Ano passado, quando Gabriel ficou entre os três primeiros lugares na categoria mais competitiva do maior festival do mundo, o Repertório Masculino Avançado, fiquei extremamente feliz e esperançosa de que, com um pouco mais de trabalho, ele poderia ir ainda mais longe. Afinal, os dois primeiros colocados dançavam fora do Brasil”, comenta.
Este ano, segundo ela, a Funjope investiu para que a Companhia fosse vista nos dois maiores festivais do Brasil, em Goiás e Joinville. “Os outros bailarinos – Aline Ferreira, Maxwell Araújo, Lyedson Fidelis e Ana Maria Barroso – também brilharam em Goiás, e para nossa surpresa, Gabriel ficou em segundo lugar na categoria mais disputada. Pensei: ano passado, 3º lugar em Joinville; agora, 2º lugar em Goiás; então, será 1º em Joinville. Porém, estava apreensiva, pois o nível do festival estava incrivelmente alto”, observa.
O resultado: “Gabriel ganhou dois prêmios de 1º lugar e foi reconhecido como um bailarino exemplar, fruto de um projeto aqui de João Pessoa. Ele estudou no Bolshoi e hoje brilha no mundo”, acrescenta Stella Paula Carvalho.
O bailarino Gabriel Morais também afirmou estar lisonjeado com a premiação. “Eu estou muito feliz. Agradeço primeiramente a Deus por essa oportunidade que Ele me deu de novo de estar aqui nesse palco, nesse festival e de conseguir esse prêmio. E nada disso eu teria conseguido sem a ajuda da Prefeitura, da minha diretora Stella Paula, do diretor da Funjope, Marcus Alves. Eles apostam muito na gente e acreditam em nós”, observa.
Para ele, é gratificante o título. “A gente se esforça tanto e, às vezes, não conquista o que quer, mas Deus tem tudo preparado nas nossas vidas para acontecer no momento certo e na hora certa. É um passo muito importante na minha carreira. Eu não acreditava que eu iria ganhar um dia esse prêmio, mas Deus faz isso”, completa o bailarino.
Texto: Lucilene Meireles