A irmã Mónica Astorga, da ordem das Carmelitas, enviou um e-mail ao #Papa Francisco no dia 20 de julho para lhe contar sobre suas atividades em Neuquén, sul da Argentina, onde mantém uma casa para abrigar mulheres #Transgênero e ajudá-las a deixar a prostituição. O papa respondeu a irmã no dia seguinte, dizendo que trazia no coração a irmã e as mulheres com quem ela trabalha.
Mónica conheceu o papa antes mesmo dele se tornar bispo, em 2009, quando ele visitou o convento onde ela vive e pôde conhecer o trabalho que a irmã já realizava com mulheres transgênero e também com presidiários em todo o país. Na época, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio disse a ela para não abandonar aquela função em que o Senhor a colocou, pois, nos tempos de Jesus, leprosos eram rejeitados e, hoje, elas estão nesse mesmo lugar.
No e-mail, a irmã conta sobre sua intenção de construir pequenas casas em terrenos públicos que a cidade lhe havia cedido, que servirão de moradia para as mulheres trans que vivem temporariamente em uma casa também doada à irmã.
A freira passou a se dedicar especificamente às trans a partir de 2006, quando conheceu Romina, a quem aconselhou a orar e a deixar a prostituição. Romina então voltou ao convento com outras amigas, que relataram o quanto o sofrimento estava presente em suas vidas e Astorga decidiu apoiá-las como podia, lutando para que possam resgatar sua dignidade.
Infelizmente, a escolha da irmã lhe rendeu a discriminação e a descrença por trabalhar com pessoas tão marginalizadas, até hoje vistas com desconfiança por grande parte da sociedade. Segundo conta, é muito mais difícil conseguir oportunidades de emprego para elas.
Fonte: Blasting News