
O humorista Renato Aragão fez um grande sucesso na TV brasileira na década de 70 com o personagem Didi Mocó e, agora, aos 90 anos, enfrenta uma grande polêmica envolvendo a filha adotiva, Juliana. A história foi contada pelo diretor Rafael Spaca, responsável por dirigir um documentário do grupo de humoristas que marcou uma geração, “Os Trapalhões”. De acordo com ele, a herdeira do veterano é “escondida” do público pela família, além de sofrer com comentários preconceituosos dentro de casa por ser uma mulher lésbica.
Segundo Spaca, Juliana Aragão foi adotada pelo artista ainda no primeiro casamento, durante a união com Marta Rangel. O diretor ainda contou que ela vive na casa do pai, mas que não tem um bom relacionamento com a família, sendo constantemente destratada. “Ele mora, e pouca gente sabe disso, ele, a mulher, a Lilian, e a filha, Livia [na mansão]. Isso é o que todo mundo sabe. Mas dentro dessa casa dele tem uma outra filha, chamada Juliana, que eles escondem”, ele contou durante a participação no podcast “Saladacast”.
Rafael Spaca também deu detalhes da vida da filha adotiva do eterno Didi, revelando que ela trabalha como motorista de aplicativo. “A Juliana foi adotada pelo Renato e pela Marta Rangel, que foi a primeira esposa dele (…) Ela pouco aparece [a Juliana]. Ela tem uma filha, mas hoje ela namora uma mulher. A Juliana, e não é desmerecer a categoria, trabalha de Uber hoje (…) Ela fez vaquinha para pagar algumas coisas da conta dela”, disse ele.
O diretor do documentário “Trapalhadas Sem Fim” também garantiu que Juliana é discriminada pela orientação sexual. “[Ela] trabalha de Uber, tomou calote da Lilian e do Renato, não pagam ela. Ela é um corpo estranho dentro da casa. Por ela ser o que ela é, e hoje namorar uma mulher, tem uma espécie de preconceito quanto a isso. De fazer falas, piadinhas atravessadas, pra menina”, relatou.
Embora seja herdeira de um dos artistas mais consagrados do país, de vez em quando Juliana Aragão inicia campanhas online para conseguir recursos e custear despesas pessoais. Em 2021, por exemplo, lançou uma vaquinha solicitando R$ 550 para comprar remédios para o tratamento de asma. Dois anos depois, ela criou uma nova vaquinha que tinha como objetivo reunir R$ 2.000 para reparar o ar-condicionado do carro que utiliza no trabalho. “Estou trabalhando no calor e passando mal, pois sou asmática. Não estou conseguindo juntar o dinheiro para pagar o conserto”, justificou.
Fonte: O Dia