Filme erótico temático do coronavírus está viralizando no PornHub
É isso mesmo que você leu. Pessoas estão consumindo — e muito — pornografia com o tema coronavírus.
Como contou a VICE, vários produtores de conteúdo de sites como o PornHub estão apostando no vírus para, coincidentemente, viralizar. Uma pesquisa pelo termo como palavra-chave no site retorna 123 resultados — já são 11 a mais do que quando a VICE fez seu especial sobre o tema.
Os títulos são dos mais variados possíveis, sempre com diversas temáticas. Alguns mostram “pacientes em quarentena” transando e outros criam situações envolvendo transas com objetivos medicinais.
“Eu acho que as pessoas estão atraídas pelos pornôs temáticos do COVID-19 [nome dado à doença causada pelo vírus] da mesma forma que pessoas que têm medo de suas próprias sombras são apegadas a filmes de terror: estamos todos procurando por coisas que nos façam nos sentir vivos. COVID-19 é algo que traz medo e mistério a praticamente todo mundo no mundo agora… Você precisa ser capaz de sentir algo, e qual a melhor forma de sentir algo do que a crise global em que estamos todos agora?”
Se já estava difícil encontrar álcool gel nas farmácias após as alarmantes notícias sobre o COVID-19, mais uma indústria está se aproveitando do tema para lançar novos produtos, ganhando expressivos resultados. Não estamos falando de um novo tipo de desinfetante ou uma máscara de alta tecnologia, mas sim, dos sites pornôs. Segundo a VICE, o Pornhub – especializado em vídeos adultos – já reúne mais de 125 resultados de cenas sobre o tema após um aumento de interesse súbito do público desses conteúdos. No Google, já são mais de 83 mil buscas do tema bastante específico.
Chama atenção também a quantidade de produções originais criadas após a epidemia – e seguindo-a como roteiro. No XVideos, outro gigante da indústria, que recentemente tem investido em conteúdo comunitário pago, já são encontrados 25 vídeos do assunto, a maioria deles original, que qualquer usuário maior de 18 anos consegue assistir pagando uma taxa de assinatura com o cartão de crédito.
As cenas – e atos – são variados, mas quase sempre giram em torno de dois indivíduos em alguma área médica de quarentena tomados por uma intensa energia sexual que parece ser mais forte do que o medo de pegar o vírus.
“Eu acho que as pessoas estão atraídas pelos pornôs temáticos do COVID-19 pelo mesmo motivo que pessoas com medo do escuro curtem filmes de terror. Nós todos estamos procurando por coisas que nos fazem sentir vivos”, disse à Vice, Spicy, um dos atores responsáveis pela página Spicy x Rice, cujo vídeo pornô sobre o coronavírus já tem 74 mil visualizações no Pornhub. “COVID-19 é algo que traz medo e mistério a praticamente todo mundo que conhecemos”, completa.
Além das cenas fetichistas padrão, outros artistas e produtoras independentes estão aproveitando a indústria pornô para falar sobre sexo com “proteção”. É o que acontece em um dos pornôs estrelados pela performer Little Squirtles, que na cena chega em casa “animada”, mas é impedida por um homem que, depois de ensinar como se proteger do vírus (seguindo à risca o guia da OMS), acaba transando com ela usando uma máscara de proteção no rosto – mas não a camisinha, que pode transmitir outras doenças. O vídeo já tem 130 mil visualizações no Pornhub.com.
Fetiches à parte, embora não haja orientações específicas em relação a transmissão do coronavirus por vias sexuais, o vírus tem várias formas de transmissão, uma delas trocando fluídos com pessoas infectadas pela boca e mãos, o que faz com que tais cenas sejam potencialmente perigosas se colocadas em prática. Para Spicy, é exatamente por isso que esse tipo de filme é tão acessado, para ficar na imaginação: “Nós sabíamos que o corona era um “bom material viral”, mas também sabemos que está afetando pessoas de forma trágica”, diz Spicy. “Não queríamos insultá-los fazendo com que o filme parecesse muito real”, finaliza, chamando atenção ao fato de que na maioria das vezes o pornô está muito distante da realidade.
https://youtu.be/TjUp79CyC6c
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Fonte: Revista Quem
Créditos: Revista Quem