Honraria

Fernanda Montenegro toma posse como 'imortal' da Academia Brasileira de Letras

A atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, teve a "imortalidade" oficializada em cerimônia de posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), na noite desta sexta-feira (25). O evento no Petit Trianon, no Centro do Rio, celebra a entrega da Cadeira 17 da Academia à atriz, que sucede o acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco.

 

A atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, teve a “imortalidade” oficializada em cerimônia de posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), na noite desta sexta-feira (25). O evento no Petit Trianon, no Centro do Rio, celebra a entrega da Cadeira 17 da Academia à atriz, que sucede o acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco.

Aplaudida de pé ao entrar no salão de solenidades, Fernanda se emocionou ao discursar no púlpito do Petit Trianon.

“Agradeço muito, com meu coração e minha razão, estar sendo aceita por esse elenco que é protagonista referencial da nossa mais alta cultura, que é a ABL”, declarou a atriz.

“Emocionada, tomo posso nesse momento da cadeira número 17, pedindo às senhoras e aos senhores acadêmicos, pela maneira como expressarei, esta minha pulsação de vida que trago comigo neste ato”, continuou Fernanda.

Em novembro do ano passado, Fernanda foi eleita com 32 votos para integrar o grupo de “imortais”, significando um estreitamento dos laços da Academia com as artes cênicas.

“Como prólogo desta minha fala, devo esclarecer que sou uma incansável autodidata, cuja origem intelectual, emocional sempre me chegou e ainda me conduz através da vivência inarredável de um ofício: atriz. Sou atriz. Veio dessa mítica, mística arte arcaica, eterna, que é o teatro. Sou a primeira representante da cena brasileira, do palco brasileiro a ser recebida nessa casa”, ressaltou.

A atriz é autora do livro “Prólogo, Ato e Epílogo”, uma autobiografia escrita por Fernanda, reconhecidamente um dos grandes ícones da cultura brasileira.

Fernanda é a primeira mulher a ocupar a Cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras. Antes, o posto foi ocupado por Sílvio Romero (fundador da ABL) – que escolheu como patrono Hipólito da Costa –, Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antonio Houaiss.
 

Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba