Uma onda de desinformação e fake news sobre as recentes enchentes no estado do Rio Grande do Sul tem gerado preocupações e repercussões significativas. Entre os envolvidos na disseminação dessas informações falsas, estão nomes conhecidos do cenário artístico e político brasileiro, como Nego Di, Jojo Todynho, Pablo Marçal e Eduardo Bolsonaro.
Através das redes sociais, esses famosos contribuíram com a desinformação ao compartilhar notícias não verificadas e informações falsas sobre a situação das enchentes.
Nego Di
Nego Di, compartilhou em suas redes sociais informações falsas sobre a atuação do governo do estado e da Brigada Militar no socorro às vítimas. Ele alegou que as autoridades estariam impedindo barcos e jet skis de propriedade privada de realizar salvamentos na região de Canoas por falta de habilitação dos condutores. Além disso, ele também compartilhou imagens de cadáveres boiando que não eram da tragédia em questão, inclusive uma de uma inundação no Rio de Janeiro. O conteúdo já foi amplamente desmentido porém muita gente ainda acredita no que foi dito pelo influenciador.
Justiça
A juíza do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Fernanda Ajnhorn, determinou que Facebook e o Instagram, exclua, as publicações do influenciador, que propagavam desinformação sobre as ações de socorro às vítimas da tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul.
Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro escreveu em redes sociais que o governo federal demorou quatro dias para enviar reforços ao Rio Grande do Sul.
Na publicação, o deputado compartilha uma reportagem feita pelo jornal Folha de S. Paulo com o título “Após 4 dias de chuvas, governo Lula autoriza envio da Força Nacional para o RS” e dispara: “Falta humanidade neste DESgoverno Lula”.
Consequências
Após identificar os conteúdos nas redes sociais de políticos e influenciadores, o governo enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, com um pedido de investigação sobre possíveis “crimes” cometidos pelos autores. A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o caso.
Pablo Marçal
Outra fake news foi divulgada pelo coach Pablo Marçal, no dia 05/05. Ele alegou que caminhões com doações para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul estariam sendo retidos pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS) para cobrança de nota fiscal e ICMS, impedindo a distribuição de comida e marmitas.
A AGU ingressou com ação judicial com pedido de direito de resposta em face do influenciador digital Pablo Marçal contra fake news.
Na petição, a PNDD – Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia – órgão da AGU que atua no caso – pede para a Justiça determinar ao influenciador a publicação, em seus perfis no Instagram, TikTok e Facebook, de resposta da União com informações sobre a atuação dos militares na calamidade.
JoJo Todynho
No dia 09/05, Jojo Todynho publicou um vídeo nas redes sociais pedindo para que o governo federal atue na tragédia do Rio Grande do Sul. A influencer apareceu revoltada na web, afirmando que o governo ainda não deu uma resposta sobre o desastre e nem se mobilizou. Internautas rapidamente se irritaram com a atitude de Jojo Todynho e a acusaram de espalhar fake news.
Disseminação de fake news pode gerar pânico na sociedade
A disseminação de fake news em momentos de crise como as enchentes no Rio Grande do Sul não apenas prejudica a sociedade ao gerar pânico e desinformação, mas também compromete os esforços de socorro e assistência às vítimas.