O jornalista Ronan Soares, de 80 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira (30) em Brasília. Ele estava internado desde março de 2018 para tratamento médico após diagnóstico de uma doença neurológica. De acordo com a família, Ronan possuía uma lesão no cérebro, o que causou a perda da lucidez. Ele foi transferido da terra natal, em Araxá (MG), para a capital federal em junho de 2018. Na época, o médico responsável pelo tratamento, Alonso Garcia, informou que o jornalista não conseguia se alimentar, além de apresentar problemas de locomoção.
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre o sepultamento. Familiares estão a caminho do Distrito Federal.
Trajetória
O jornalista trabalhou por 20 anos na TV Globo, entre 1975 e 1995. Ele se interessou pela área da comunicação ainda na infância, aos sete anos, quando ajudava o tio a montar rádios, em Araxá. Cresceu escrevendo como passatempo. Aos 16 anos, Ronan foi morar em São Paulo, sozinho, e começou a trabalhar em um banco. O chefe percebeu que o funcionário gostava de ler e escrever, então ele foi escalado para fazer o primeiro número de uma revista.
De volta à Araxá um ano depois, escreveu uma coluna de humor em um jornal local. Em 1975, Ronan entrou para a Globo, onde trabalhou como editor no Jornal Nacional, no telejornal “Amanhã”, no programa “Painel” e no “Globo Revista”. Ronan também foi gerente de coproduções da GloboNews. Foi um dos editores do programa jornalístico Estúdio I e fez parte da diretoria editorial de Entretenimento da Globo. Em seguida, o jornalista passou a fazer a supervisão editorial do programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios. Em 2004, por ocasião dos 35 anos do Jornal Nacional, Ronan Soares colaborou na supervisão editorial do livro Jornal Nacional 35 anos: a notícia faz história, escrito pela equipe do Memória Globo.
Fonte: G1
Créditos: G1