Internacional

Essa estudante denunciou uma fábrica e conseguiu salvar 111 crianças do trabalho infantil

Em uma visita à casa de seu primo na região Morbi, uma vila na Índia, a jovem Jharna Joshi, de 22 anos, suspeitou de uma porção de ônibus que passavam pela vila carregados de crianças. Nenhum dos veículos se parecia minimamente com um ônibus escolar ou coisa que o valha, e Jharna decidiu então por segui-los. Foi quando descobriu que as crianças estavam sendo levadas para trabalhar em uma fábrica de utensílios de cerâmica.

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Para conseguir maiores informações sobre o que claramente se apresentava como um grave caso de trabalho infantil sob condições inumanas, ela decidiu se inscrever para trabalhar na mesma fábrica. Ao adentrar o local, ela percebeu que grande parte dos trabalhadores era menor de 18 anos, trabalhando por períodos extremamente longos, na maioria das vezes sem direito à comida ou água.

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As crianças também não eram autorizadas a realizarem nenhum tipo de intervalo durante seus turnos.

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Depois de duas semanas coletando informações e provas, Jharna denunciou a fábrica ao Departamento de bem estar infantil, que puderam então resgatar 111 crianças que trabalhavam em condições análogas à escravidão no local. A maioria das crianças era formada por garotas.

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O feito de Jharna é um marco para a questão na Índia e no mundo, mas nem todos ficaram orgulhosos de sua denuncia: a jovem já foi atacada na rua, e segue ameaçada por ter se oposto ao trabalho infantil. Ela, no entanto, não se arrepende, e garante já saber de novos locais, e que suas denuncias e luta seguirão firmes.

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Em um mundo com mais de 200 milhões de crianças trabalhando ilegalmente em condições terríveis, o esforço de uma jovem indiana pode fazer tanta diferença para que mais gestos como o de Jharna se multipliquem no lugar da proliferação do trabalho infantil.

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© fotos: divulgação