A campanha para reitor da Universidade Federal da Paraíba já está prometendo muita polêmica e algumas reviravoltas. Prevista para maio e com três nomes engatilhados para concorrer ao cargo, já tem decisões que podem mudar drasticamente qualquer precisão de resultado.
A primeira é a inclusão dos servidores do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) no universo de votantes. Cerca de 800 servidores são contratados da empresa EBSERH, que por sua vez é contratada da UFPB. Os trabalhadores e trabalhadoras da EBSERH são contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), após concurso público realizado pela própria empresa. Não são servidores do Regime Jurídico Único (RJU) e muito menos concursados pela UFPB.
A pedido da reitora Margareth Diniz (que irá concorrer à reeleição) foi realizado um abaixo assinado com os servidores do HULW que desejam participar das eleições. Margareth diz que a medida de inclusão dos servidores pretende democratizar a Universidade, por os trabalhadores tem que ter voz ativa para opinar nos caminhos da instituição.
Segundo os adversários, entre eles o ex-secretário de Educação de João Pessoa, Luiz Júnior, a atitude é golpista e estaria em desacordo com as regras Universidade, onde os trabalhadores terceirizados ou de empresa contratadas pela UFPB nunca compuseram o quadro de eleitores.
O professor doutor em Psicologia, Valdiney Gouveia, também está previsto para concorrer nesse pleito e já avisa ser contra reeleição: “Sou contra reeleição; se fez em quatro, não tem fôlego para oito anos; se não fez no primeiro mandato, não espere muito mais diante da impossibilidade de reeleição”.
Outra notícia agitou os comitês. Possivelmente, a reitora em exercício irá pedir a antecipação das eleições para março. Esse pedido ainda não está confirmado, mas caso se confirme irá trazer muito mais embates entre os candidatos.
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