O sonambulismo envolve, basicamente, uma série de comportamentos que não são esperados durante o sono, como se levantar e falar. E se, durante o descanso, a pessoa ter relações sexuais e não se lembrar de nada? Por mais estranho que possa parecer, a alteração existe e é chamada de sexônia ou sexonambulismo.
Atire a primeira pedra quem nunca teve um sonho picante. Sonhos eróticos são comuns, saudáveis e não apresentam risco para quem está dormindo ao lado, nem para o sonhador. Ao contrário da sexônia que é um distúrbio do sono, assim como o sonambulismo, e deve ser tratado.
Além de polêmico, o problema pode ser perigoso tanto para a pessoa que o sofre quanto para seus familiares e companheiros.
Quem sofre desse problema, age sexualmente enquanto dorme: “A pessoa pode se masturbar, acariciar a parceria que está ao lado, manter relação sexual e até mesmo atingir o orgasmo durante o sono e não se lembram no dia seguinte”, explica a psicóloga sexual, Michelle Sampaio, e ela reforça que o distúrbio não tem a ver com os sonhos molhados.
A sexônia tem mais prevalência em homens e alguns fatores como apneia do sono, alcoolismo ou uso de drogas e medicamentos podem ser gatilho para desencadear o problema. A pessoa mais afetada com o distúrbio é quem divide a cama com um parceiro que sofre desse mal.
O que é a sexônia?
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Sexônia é um distúrbio do sono que faz com que a pessoa pratique algum ato sexual enquanto dorme de forma inconsciente. Ele afeta cerca de 7% da população mundial.
É um tipo de parassonia, ou seja, um comportamento anormal durante o sono que atualmente é dividido em dois grupos:
Parassonias do sono REM (período em que acontecem os sonhos)
Parassonias não-REM, que também são chamadas de parassonias do despertar: se caracterizam por despertar parcial associado a comportamentos como falar durante o sono (sonilóquios), andar e utilizar objetos (sonambulismo), além da paralisia do sono e o despertar confuso.
Segundo o neurologista, “o sonambulismo sexual é um episódio de despertar parcial em que o paciente tem uma atividade sexual não motivada por sonhos e sem plena consciência do ato, o que explica porque ele não se lembra do fato no dia seguinte”.
A condição pode incluir:
Masturbação
Emissão de sons e vozes de cunho sexual
Tentativa e/ou consumação da relação sexual
Em geral, o ato de transar durante o sono é diferente do comum, já que o indivíduo pode ser mais gentil ou rude, ter orientação sexual diferente (homo ou heterossexual) ou inapropriada, como a destinada a familiares ou menores de idade.
Apesar de ser mais comum em homens (predomínio de 67 a 81% dos casos), também acontece com as mulheres. Seu início é mais comum em adultos, com média de idade de 26 a 33 anos.
Como acontece o sexonambulismo?
A sexônia é um ato automático ligado à uma falha no sistema nervoso que se manifesta durante a transição do sono superficial para o profundo por meio de um despertar parcial.
Neste caso, o lobo frontal do cérebro (responsável pelos pensamentos, emoções e juízos de valores) fica “fechado”, impedindo que as memórias do momento sejam processadas.
Fonte: Polêmica Paraíba com Metropoles
Créditos: Polêmica Paraíba