O preço do litro do diesel passou de R$ 2,48 em outubro para R$ 2,60 em novembro deste ano em postos localizados no trecho da rodovia BR-116, que corta o interior do Estado. A variação foi de 4,84%, segundo constatação do Índice de Preços Ticket Car (IPTC), sendo a maior observada no período na Paraíba. O IPTC também calculou o preço médio dos principais combustíveis em todo o Estado e constatou aumento no custo do litro, com exceção do etanol. O preço do frete deve aumentar em até 2% devido ao aumento do valor dos combustíveis.
De acordo com o IPTC, em novembro de 2014 o preço médio do litro da gasolina na Paraíba foi R$ 3,02, do etanol foi R$ 2,37, do diesel foi R$ 2,60, do diesel S-10 foi R$ 2,61 e do gás natural (GNV) foi R$ 2,01. Portanto, na comparação com outubro deste ano, o preço médio do litro da gasolina na Paraíba apresentou alta de 2,5%, já que custava R$ 2,94 em outubro; o preço médio do litro do etanol não apresentou variação entre outubro e novembro, permanecendo com o preço de R$ 2,37; o preço médio do litro do diesel S-10 apresentou alta de 1,56%, já que custava R$ 2,57 em outubro; e o litro do preço médio do gás natural custava R$ 2 em outubro, com variação de 0,50% na comparação com novembro.
O índice também calculou o preço médio da gasolina na capital paraibana. Em novembro deste ano, a média da gasolina em João Pessoa foi de R$ 2,90, do etanol foi de R$ 2,35, do diesel foi de R$ 2,61, do diesel S-10 foi de R$ 2,76 e do gás natural (GNV) foi de R$ 1,99. Assim, as altas observadas em João Pessoa foram de 2,9% para a gasolina, cujo litro médio custava R$2,85 em outubro deste ano; o preço médio do litro do etanol não apresentou variação, sendo vendido a R$ 2,35 tanto em outubro quanto em novembro; o litro do diesel variou 3,57% entre outubro e novembro, com preço de R$ 2,52 no mês anterior; o litro médio do diesel S-10 custava R$ 2,68 em outubro, variando 2,99% em relação ao mês posterior; e o preço médio do litro do GNV custava R$ 1,99 em outubro e novembro, também não apresentando variação entre os dois meses.
Custos da viagem
O aumento no preço dos combustíveis – gasolina e diesel – fará com que o custo do frete para as cargas de transporte aumente em até 2%, segundo sindicatos relacionados ao transporte de cargas e comércio varejista de derivados do petróleo do estado de São Paulo, o maior centro emissor de mercadorias do País. De acordo com as entidades, o reajuste dos combustíveis impacta automaticamente no consumidor, que vai ter de arcar com aumentos de outros produtos, a exemplo de alimentos, já que o transporte desses produtos depende de caminhões, que são movidos a diesel. Com o aumento dos combustíveis, o etanol também deverá ser afetado. O presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleto do Estado de São Paulo), de São José do Rio Preto, Roberto Uera, calcula que o preço do etanol deve sofrer reajuste nas próximas semanas. “Além de depender de transporte, também estamos sofrendo o maior período de estiagem no País, que prejudicou seriamente os canaviais”, explicou. O consumidor deve ficar atento, pois há a possibilidade para mais reajustes dos combustíveis.
Avaliação da CNT
O diesel pode não ser um dos combustíveis mais caros transacionados no Brasil, mas é um dos principais fatores que encarece o serviço do transporte no País. De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), os reajustes sofridos por esse combustível reduzem a competitividade econômica de todos os produtos nacionais que dependem da logística rodoviária para sua cadeia de distribuição, cerca de 60% da movimentação de cargas do país.
Dessa forma, a CNT evidencia que a prática diferenciada de repasse dos ajustes de preço dos combustíveis no Brasil prejudica os transportadores nacionais e a economia brasileira como um todo. A atividade de transporte é essencial para a movimentação de cargas pelo país e, por isso, onerar suas operações pode representar maiores dificuldades para a prosperidade dos demais setores econômicos no país.
Sobe em rodovias de SP e Ceará
O IPTC (Índice de Preços Ticket Car) de novembro ressalta as rodovias do Brasil onde o Diesel apresentou variações mais representativas de preços. De acordo a pesquisa, os custos por litro mais elevados foram registrados na BR 163, nos trechos que cortam Mato Grosso (R$ 2,89) e Mato Grosso do Sul (R$ 2,82) e na BR 262, em trechos que passam por Espírito Santo (R$ 2,62) e Mato Grosso do Sul (R$ 2,73).
Duas rodovias de São Paulo apresentaram as maiores variações no custo do Diesel em relação a outubro. Na Rodovia dos Bandeirantes, houve alta de 5% (de R$ 2,43 para R$ 2,56), enquanto na Rodovia Raposo Tavares o acréscimo foi de 4,6% (de R$ 2,47 para R$ 2,59).
O preço do Diesel aumentou também em trechos da Rodovia Régis Bittencourt, com variação média de 4,3% e alta significativa no Ceará (R$ 2,71), Minas Gerais (R$ 2,63), Paraíba (R$ 2,56) e Pernambuco (R$ 2,57).
Na BR 101, uma das rodovias de maior extensão no País, a variação foi de 3,86% em comparação com o mês de outubro, com aumento nos estados de Alagoas (R$ 2,55), Rio de Janeiro (R$ 2,57) e Sergipe (R$ 2,58). O Ticket Car consulta mais de 14 mil pontos credenciados à rede, em 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal.
Correio da Paraíba