A vida de Diego Hypolito tá repleta de novidades, o atleta se se aventurou como cantor ao interpretar o Hino Nacional a convite da Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ) na última semana. Agora, outra novidade foi divulgada pelo atleta: Diego afirmou que cogita entrar para a política.
“Quando você entra na política, se agrega a um bando de gente que faz coisa errada. Até tem alguns que fazem certo, mas você acaba sendo rotulado. Hoje penso que tenho que entrar de alguma maneira em benefício do esporte. Não sei se vai ser numa política governamental, estadual ou diretamente com a ginástica, mas tenho este dever como pessoa”, disse, em entrevista ao canal do Youtube “Pingue-pongue com Bonfá”.
O ginasta, de 32 anos, afirma que procurou outras personalidades do esporte com pensamentos semelhantes aos seus:
“Meu intuito é mobilizar alguns atletas (…), entrar em confederações… (Assim) os atletas podem ter o poder da palavra. A gente tem que ter ações. O trabalho é diário, buscando. Tenho buscado amigos que têm a mesma visão que eu: Maureen Maggi, Bia e Branca (Feres), Tiago Pereira. Nós, atletas, temos que nos unir para mudar perfis do esporte (…) O atleta só chega ao alto rendimento com muito esforço. Precisamos incentivar o esporte como um todo”.
Torturas psicológicas como atleta
Diego Hypolito revelou na entrevista que sofreu síndrome do pânico em 2014 e em 2016. Alguns destes transtornos foram desencadeados por torturas psicológicas que sofreu quando criança, numa época em que já era atleta:
“Quando eu era criança, os treinadores deixavam que nos prendessem em caixas de plinto, que eram chamadas de ‘caixão da morte’. Com isso, desenvolvi medo de ficar em lugares fechados. Dos 9 aos 13 anos, existia um trote dentro dos clubes em que se você fizesse algo que o treinador não gostasse, eles prendiam você lá, sentavam em cima da caixa, e você ficava sentado na escuridão naquilo que parece um caixão (…) Ficava-se trancado lá com o consetimento de treinadores, pessoas da ginástica, adultos. Duvido que estas pessoas faziam isso com os filhos”.
Hypolito afirma que esta pressão caia não só sobre ele, no fim dos anos 90:
“Para mim, era desesperador. Eles prendiam com o consentimento de alguns treinadores.Os atletas mais velhos prendiam como um suposto trote. Prendiam também num quarto, nas competições, e cerca de 30 ou 40 atletas passavam por isso no passado. Falo para que isso nunca mais volte a acontecer. Dois atletas (presos) ficavam nus um do lado do outro, colocavam uma pilha no chão, pasta de dente sobre a pilha, e cada atleta tinha que disputar uma prova, pegar a pilha com o ânus e colocar dentro de um tênis. Se não fizesse, apanhava. Isso é nojento, abomino”.
Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Notícias ao Minuto