Vez ou outra, alguém faz cara de chinchila albina e me pergunta: “Vocês ainda frequentam motel, mesmo depois de casados?”. Como se a gente não pudesse transar fora do próprio habitat, como se devêssemos nos entregar às armadilhas inevitáveis do cativeiro – dentro do cercadinho chamado casamento, o comum é que as pessoas se acomodem à rotina. Afinal, o outro já foi laçado e tá ali, noite após noite, ao alcance das nossas necessidades. Pois eu digo que, se quiser uma relação saudável, você precisa resistir a essa ideia com unhas e dentes.
Aqui, cinco argumentos para te convencer de que motéis podem apimentar a vida sexual de um casal:
1. Sair da rotina
“É sempre do mesmo jeito e no mesmo lugar”, elas reclamam. Aquela posição papai-mamãe na cama do casal. A previsibilidade costuma ser muito brochante, gente. Por questões fisiológicas e psicológicas, homens e mulheres ficam excitados de formas diferentes. Às vezes, para eles, um estímulo visual (tipo um fio dental) basta para acionar o gatilho do cérebro que leva sangue para inflar o pênis e provocar a ereção. E aí pouco importa em que cenário a transa vai rolar. Em geral, a mente feminina precisa estar relaxada, receber “empurrõezinhos” externos para se desligar da rotina e se conectar com o prazer. Pode ser um espelho no teto, uma banheira de hidromassagem ou o simples fato de vocês terem que se arrumar para sair – em vez de terem pijamas para arrancar e uma pia cheia de louça suja no cômodo ao lado.
2. Ter privacidade
Especialmente se vocês têm filhos ou moram com parentes. Primeiro porque alguns casais não trancam a porta e, no meio do vuco-vuco, aparece a criança dizendo que teve pesadelo. Segundo, não dá pra falar baixaria nem gemer em alto e bom som. Terceiro, se você tiver bichos de estimação, pode ser atrapalhado por um cachorrinho/gatinho doido por atenção – vai que ele traz a bolinha ou começa a latir achando que “papai tá machucando a mamãe”…
3. Colocar fantasias em prática
Não tô falando de um strip-tease básico, não. Pode ser uma noite regada às velas que viram óleo sem medo de sujar os lençóis. Pode ser sexo na piscina ou à luz do luar (sim, tem suíte com teto retrátil). Pode ser uma maratona “imitando” cenas pornôs dos canais a cabo que talvez vocês não tenham em casa. Pode ser usando uma cadeira erótica, em que vocês podem tentar posições inéditas. Pode ser uma transa no iate (ãhã, Riviera Motel em SP), na caçamba de uma caminhonete (no Você que Sabe em Curitiba), num clima 50 tons de cinza (Classe A em São Paulo)…
4. Fazer OUTRA boa refeição
A moda dos motéis mais bacanudos é oferecer cardápios dignos de bons restaurantes, pratos elaborados por chefs mesmo e drinques finos. Nada de bife à cubana com batata frita, do tipo que você se empanturra e não consegue nem levantar a perna de tão pesada depois. Assim dá pra evitar estacionamento, fila de espera, barulho etc. Pensa na delícia de jantar bem vestindo só de lingerie ou roupão. Pode comer antes ou depois da “comida”. Sem garçom vindo à mesa perguntar se vocês estão satisfeitos.
5. Derrubar preconceitos
Basta dar uma pesquisada rápida na internet pra evitar ciladas. Bons motéis colocam em primeiro lugar a higiene: lençóis passadinhos e cheirosos, uma espécie de lacre no vaso sanitário depois de desinfetado, toalhas e roupões em sacos fechados à vácuo etc. Em vez daquelas cortinas empoeiradas e decoração cafona, suítes maravilindas com duchas de spa e recursos tecnológicos incríveis – controle remoto touch ou tablet para ligar e desligar tv, som, jogo de luzes, teto retrátil, ar condicionado, hidromassagem… São os chamados motéis-design, que investiram uma grana para acabar com o estigma de local fuleiro.
Fonte: Na Pimentaria
Créditos: Na Pimentaria