Juliette abriu o coração no Conversa com Bial desta terça-feira, 8/3, sobre um possível aneurisma. Pela primeira vez, a campeã do BBB 21 revelou detalhes de como reagiu ao diagnóstico da doença que vitimou sua irmã, Julienne.
Ela morreu em decorrência de um AVC, causado por um aneurisma cerebral que se rompeu, quando tinha 17 anos. Em 2019, a mãe de Juliette, dona Fátima, também teve um AVC. E, no ano passado, a cantora passou pelo mesmo susto.
Chorando, Juliette contou a Bial – também emocionado – que enquanto todos comemoravam o lançamento de seu primeiro EP, ela enfrentava o medo da doença em silêncio.
“Não falei porque não estava preparada para isso. Precisava me curar antes de me abrir. Minha mãe, além do AVC, tinha um buraquinho no coração, um forame, que era um dos meus propósitos de ganhar o Big Brother. E ela foi fazer essa cirurgia em São Paulo. Quando cheguei lá – eu já tinha feito outros exames no cérebro e não tinha dado nada – mas a doutora disse: ‘Vamos fazer um check-up. E eu falei não.”
“No fundo, tinha medo de fazer de novo porque tinha a sensação de que podia ser. Aí minha mãe fez a cirurgia, ficou super bem e quando ela saiu do quarto eu fui fazer meus exames. Passei uma hora dentro da máquina, recebendo contraste na veia, e na minha cabeça: ‘Sei que chegou a hora e vou saber que tenho um aneurisma, era uma certeza no meu coração que não sabia de onde vinha.”
“Quando saio, a médica já tinha reunido uma equipe de neurologistas e disse: ‘Você tem um aneurisma exatamente no mesmo lugar que sua irmã tinha, e pelo seu histórico a gente quer investigar para saber o melhor procedimento. É pequeno, mas é numa das principais artérias. Eu tinha certeza de que minha missão tinha sido cumprida, que o propósito era esse.”
“Foi em agosto. Quando lancei meu EP, todo mundo festejando e eu engolindo a dor de saber que tinha o mesmo problema que minha mãe e minha irmã.”
“As pessoas me pediam sorriso, foto, alegria, pediam que eu mostrasse minha vida, tudo… E eu não tinha nada. Só medo e aceitação. E ficava pensando que ninguém imagina o que o outro passa. Enquanto as pessoas estavam pensando no futuro, eu nem sabia se ia ter. E passei três meses sem querer saber disso, fingindo que nem tinha acontecido, que eu estava bem e que não tinha aneurisma.”
“Não queria tratar, não queria operar, fazer nada. Queria que Deus cumprisse a missão… Aí eu estava na cama com meus amigos, e eles falando: ‘Vai fazer, Juliette’. Senti algo muito forte. A gente olhou o celular e foi no dia que a Marília Mendonça morreu. Aí todo mundo ficou chorando e disse assim: ‘Vamos fazer isso’. É muito ruim perder alguém assim. Liguei para o médico.”
“Preparei tudo, reuniram a equipe de neuros e fui para São Paulo. Minha mãe não sabia, porque ela não suportaria.”
“Chegando em são Paulo, o médico falou: ‘A gente não tem dúvida, é um aneurisma. A gente só quer saber o meio para tratá-lo. Vai fazer o cateterismo, vê a dimensão. Coloca a prótese ou fecha, e faz a cirurgia aberta ou não faz nada se for inoperável.”
“Aí, me despedi! Tomei anestesia geral, fui para a mesa de cirurgia já com a certeza de que se terminasse ali estava tudo bem. Fiz minha parte, enfim…” “Aí acordo e o médico diz: ‘Não tinha aneurisma. Todos tinham certeza, eu já estava escolhendo o tamanho da sua prótese’. É uma formação atípica, que raríssimas pessoas têm. Ele acredita que foi um caso em um milhão.”
“Eu acredito que foi um milagre, porque minha vida é isso. Vivo de milagres. Estou aqui!”
Fonte: Globo.com
Créditos: Polêmica Paraíba