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Crise na área de comunicação - Ano chega ao fim com mais de 1.400 demissões na área

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O ano de 2015 se encerra marcado pelo fechamento de veículos e pela à migração do impresso para o online. Com o mudança de paradigma do mercado, as redações passaram por enxugamento e mais de 1.400 profissionais de comunicação foram demitidos nos últimos doze meses. O número é resultado de levantamento realizado pelo Comunique-se.

O destaque é a Infoglobo, responsável pelos impressos O Globo, Extra e Expresso, que demitiu cerca 185 funcionários ao longo do período, tendo promovido corte de ao menos 40 profissionais da redação dos diários cariocas só em dezembro. A maioria das dispensas foi motivada por cortes orçamentários e reestruturações. Os mesmo problemas atingiram o Diário de Pernambuco, que dispensou de só vez 130 colaboradores em março.

O Grupo Estado, somando Rádio Estadão e o jornal Estado de S. Paulo, foi responsável por 97 baixas no mercado ao longo do ano. O Grupo Bandeirantes demitiu outros 80. O cenário de passaralhos refletiu-se também na comunicação corporativa e em agências, como foi o caso da Petrobras, que promoveu o corte de mais de 500 profissionais de seu quadro de funcionários, a fim de reduzir o número de terceirizados, assim como na NBS, que anunciou o desligamento de 40 pessoas em fevereiro.

Até mesmo em veículos da internet, a situação se repetiu. O iG culpou “atual situação macroeconômica” ao dispensar mais de 40, em maio. Em agosto, o Portal Terra enxugou redação e transformou a equipe remanescente em “curadora” de conteúdo. Com a decisão, ao menos 30 foram demitidos. No impresso, o Diário da Região deu adeus a 33, a Folha fechou 19 postos de trabalho e a Gazeta do Povo despediu-se de 11 jornalistas, enquanto Estado de Minas e O Tempo cortaram 13 profissionais cada.

No segmento das revistas, o Grupo Abril fecha o ano com ao menos 60 demissões. A editora priorizou o formato online e encerrou a versão impressa das revistas Veja BH e Veja Brasília. Em junho, a Placar, editada há 45 anos pela Abril, foi transferida para a Editora Caras, acompanhada de títulos como Anamaria, Arquitetura & Construção, Contigo, Tititi, Você RH e Você S/A.

Na ocasião, os impressos de Exame PME e Capricho foram encerrados e as marcas passaram a ser trabalhadas apenas no ambiente virtual. Há pouco mais de um mês, a Abril também anunciou o encerramento de três revistas licenciadas: Men’s Health, Women’s Health e Playboy, além da transferência dos títulos Nova Escola e Gestão Escolar para a Fundação Lemann.

A ESPN Brasil falou sobre o “cenário cada vez mais competitivo” no mercado o dispensar mais de 30, em outubro. Também em veículos televisivos, a TV Escola e o SBT enfrentaram problemas e demitiram, respectivamente, 50 e 46 funcionários.

Os jornais A Tarde e Massa, do mesmo grupo de comunicação, promoveram a demissão de ao menos 35 profissionais de suas redações no início de dezembro. Há menos de duas semanas, o Jornal de Londrina é encerrado e ao menos 12 jornalistas perderam seus empregos.

Fonte: Comunique-se