O confinamento imposto por conta do coronavírus está obrigando milhões de brasileiros a serem criativos para deixar a quarentena mais suportável. O fato de tantas pessoas passarem mais tempo em casa acabou levando a um aumento substancial nas vendas de brinquedos sexuais.
Segundo pesquisa do portal MercadoErotico.Org, teve um aumento de 50% na venda de vibradores no período de isolamento social. Mulheres casadas na faixa de 25 a 35 anos foram as que procuraram o item.
O estudo ainda mostra que mais de um milhão de vibradores e consolos foram comercializados durante a pandemia no Brasil, de março até agora. Quem compra mais ainda são os casados somando 27,8% contra os 13,9% dos solteiros.
A maioria é jovem ainda na faixa de 25 a 34 anos representando 51,4 % dos clientes dos lojistas pesquisados. “Se adicionarmos também os 37,1% da faixa etária de 35 a 44 anos essa porcentagem sobe para 85% no total. Pela primeira vez mapeamos as compras dos casais. Eles estão escolhendo e decidindo juntos”, afirma Paula Aguiar, ex-presidente da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (ABEME) e autora da pesquisa.
Ao que parece, a hora é de redescoberta do sexo solitário. O isolamento é um bom momento para explorar novidades, acredita Thais Plaza, terapeuta sexual e criadora do canal Se Toca, no YouTube. “Não sabemos o que será o “novo normal” depois, mas antes da pandemia muita gente reclamava de falta de tempo para se tocar”, aponta. “Agora tem menos essa desculpa.”
“Muitos têm vivido relações virtuais, chamadas de vídeo em que cada um se toca no seu ambiente”, pontua a profissional. “Este é um bom momento para se reconectar com o próprio corpo e parar para conhecê-lo melhor”, incentiva.
Se a procura por vibradores aumentou, o isolamento social talvez ajude a minimizar um dos grandes tabus da sexualidade humana: a masturbação.
“Esse jogo pode virar. A masturbação é vista como um problema desde a Idade Média. Se o prazer do corpo for encarado com mais naturalidade, aí teremos percorrido um caminho de liberdade”, completa Thais.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles