Como você deve saber, existe uma enorme quantidade de entulhos em órbita ao redor do nosso planeta, e de vez em quando um ou outro fragmento acaba caindo por aqui. Pois, de acordo com Bec Crew, do portal Science Alert, um grupo de astrônomos da Universidade do Arizona, nos EUA, lançou o alerta de que um desses nacos de lixo espacial deve colidir contra a Terra dentro de alguns dias.
Segundo Bec, os pesquisadores estimaram que o fragmento deve atingir o nosso planeta no dia 13 de novembro — que coincidentemente cai em uma sexta-feira 13! —, e o local do impacto será o Oceano Índico, a 65 quilômetros da costa sul do Sri Lanka. O pedaço de entulho foi batizado de WT1190F, e os cientistas acreditam que ele mede entre um e dois metros de comprimento. Por sorte, ele é bem pequenininho.
Para calcular a trajetória do naco de lixo, os astrônomos se basearam em informações coletadas por telescópios espaciais entre os anos de 2012 e 2013, e eles também observaram que o fragmento apresenta uma órbita altamente elíptica — o que sugere que o objeto é pouco denso e, portanto, pode ser oco.
Essa informação permite que os pesquisadores possam especular sobre a origem do fragmento. Uma das possibilidades apresentadas é que se trata de uma das partes (ou estágios) de um foguete espacial ou, quem sabe, um dos painéis de uma das últimas viagens à Lua. Nesse caso, pode ser que a peça seja da época das missões Apollo e, portanto, se trate de um pedacinho da nossa própria história espacial voltando para casa.
Viagem turbulenta
Infelizmente (caso se trate da peça de alguma nave da era Apollo), os astrônomos acreditam que boa parte do fragmento será pulverizada ao atravessar a nossa atmosfera, e apenas o que restar — se sobrar alguma coisa! — dele deve cair no Oceano Índico.
No entanto, embora seja muito improvável que o impacto provoque algum estrago — ou que ela chame a atenção da mídia internacional —, existe algo de positivo no evento. Segundo os cientistas, a queda do WT1190F oferece uma oportunidade única para pôr à prova o sistema global com o qual eles estão trabalhando para rastrear objetos em rota de colisão com a Terra muito maiores.
Fonte: Mega Curioso