Após cinco dias de silêncio e uma chuva de críticas, a TV Globo se manifestou na terça-feira (8), no Jornal Nacional, sobre o caso de Marcius Melhem, acusado de assédio sexual e moral por funcionárias da emissora. Durante o programa, os apresentadores André Trigueiro e Ana Luiza Guimarães afirmaram:
“A Globo informou que investiga criteriosamente todas as denúncias de assédio e que não tolera comportamentos abusivos. Mas que não pode comentar publicamente nenhuma investigação desse tipo por ter assumido com todos os seus colaboradores um compromisso de sigilo do processo, que resguarda a investigação dos fatos, denunciantes, denunciados e testemunhas”.
A primeira acusação contra Melhem surgiu há quase um ano, mas o caso voltou à tona na sexta-feira (4), quando foi publicada uma reportagem na revista Piauí detalhando as acusações.
A emissora não havia se pronunciado sobre o caso até esta edição do “Jornal Nacional”, quando afirmou: “Mesmo nas hipóteses de desligamento, as razões não são tornadas públicas”.
Silêncio da Globo
A ausência de reportagens da emissora sobre o caso foi alvo de críticas dos espectadores. O ex-humorista global Hélio de La Peña ironizou uma frase usada nas redes sociais para criticar a emissora: “Assédio moral e sexual: Isso a Globo não mostra…”
Hoje, “como prova de transparência”, a Globo indicou no “Jornal Nacional” e em seu site os links de reportagens de outros veículos sobre o assunto — inclusive a matéria original da Piauí e a entrevista exclusiva de Melhem para Splash, em que o humorista se defende.
Defesa de Melhem
Em entrevista a Splash, plataforma de entretenimento do UOL, Marcius Melhem assume ter sido “um homem tóxico, um marido péssimo, uma pessoa que cometeu excessos ao se relacionar com pessoas do seu próprio ambiente de trabalho”. Mas refuta acusações de violência sexual:
Embora confesse os meus excessos, eu jamais tive alguma relação que não fosse consensual e jamais pratiquei algum ato de violência com quem quer que seja na minha vida”.
Ele também anunciou medidas judiciais contra Dani Calabresa e contra a advogada Mayra Cotta, que representa seis mulheres que o acusam de assédio sexual.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba