Na tarde desta sexta-feira (14), a apresentadora Cariúcha comentou ao vivo, durante o programa “Fofocalizando”, do SBT, sobre o escândalo de fraude à cota racial do qual o ex-BBB Matteus Amaral está sendo acusado. Mostrando não ter papas na língua, a “Garota da Laje” acusou o gaúcho de pegar o lugar de uma pessoa que estava sonhando com a oportunidade de ingressar na faculdade. Ela ainda disse que pessoas brancas querem usufruir dos direitos de pessoas pretas, mas não querem enfrentar os mesmos obstáculos.
O assunto entrou em pauta depois que Leo Dias lembrou do caso em que Matteus Amaral está sendo acusado de ter se autodeclarado negro para conseguir entrar na faculdade através da cota racial. Foi então que Cariúcha alertou os telespectadores do “Fofocalizando” e afirmou que eles não devem acreditar 100% no que as pessoas mostram ser durante um reality show.
“A cota serve, principalmente, para pretos e pobres. Já é tão difícil do meu povo preto e pobre conseguir algo de estudos, aí vem uma pessoa que é branca e privilegiada…Você não tem direito algum sobre essa cota, você pegou o lugar de uma pessoa que está na fila aguardando por essa oportunidade”, afirmou ela.
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“As pessoas brancas querem os privilégios, mas não querem sofrer na pele o que um preto passa”, continuou ela. Em seguida, Cariúcha lembrou que os indivíduos da comunidade negra enfrentam preconceito diariamente, como o fato de serem acompanhados por seguranças dentro de lojas e também de terem dificuldade de arrumarem empregos por conta da cor da pele. “O preto tem que ralar dez vezes mais do que um branco para conseguir alguma coisa. Aí vem você, branco e privilegiado, tirar a vez de uma pessoa preta? Além disso, isso ainda é crime“, apontou a apresentadora.
Cariúcha então afirmou que se decepcionou com a atitude de Matteus Amaral e lembrou que ele tinha “cara de bonzinho” na época do BBB24. Quando a jornalista Gabi Cabrini estava recapitulando a história para os telespectadores, a loira voltou a se indignar com a situação e não conseguiu se conter novamente.
“Aonde que ele é preto? Aonde que você é preto? Para! Querem usar os nossos privilégios, só que não querem passar na pele o que a gente passa dia a dia. De sair do mercado com uma nota fiscal na mão para o segurança não falar que você roubou, para não ser perseguido em loja. A gente não pode correr, porque se correr leva bala, amigo. Para! Aonde que você é preto?”, ela finalizou.
Fonte: Em off
