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Audiência pública na AL debate sobre microcefalia

Ricardo Barbosa 2

A Assembleia Legislativa da Paraíba realiza amanhã (terça-feira, 23), a partir das 17 horas, audiência pública para debater o problema da relação entre o vírus da zika e o surgimento de problemas de microcefalia. A propositura é do deputado estadual Ricardo Barbosa (PSB), presidente da comissão de saúde da AL.

Já confirmaram presença o Ministério Público, Sudema, Secretarias de Saúde estadual e municipais, Secretaria do Meio Ambiente de Cabedelo, entre outros órgãos e entidades. O evento é aberto ao público interessado.

O Ministério da Saúde confirmou na semana passada ter identificado a presença de zika vírus em exames de líquido amniótico coletados em dois fetos com microcefalia da Paraíba. Os resultados, adiantados pelo jornal “Estado de S. Paulo”, indicam uma íntima relação entre o aumento súbito de casos e o vírus, que entrou no País no início do ano, provocou epidemia no Nordeste e já está presente em 14 Estados, incluindo Rio e São Paulo.

Para o deputado Ricardo Barbosa, a situação é preocupante e requer medidas urgentes da parte dos poderes públicos e um nelhor esclarecimento à população. Para o diretor do Departamento de Doenças do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, a presença do vírus não é apenas uma coincidência. “Estamos sendo extremamente cautelosos nessa relação, porque a situação é nova no mundo. Até agora, não havia nenhum relato entre o vírus zika com malformação congênita. Por isso falamos de uma relação provável”, disse o diretor. A Organização Mundial da Saúde foi comunicada sobre os resultados dos exames divulgados. Ao fazer o anúncio, o diretor convidou cientistas de todo o Brasil e do mundo a ajudar na comprovação da causa e efeito – uma eventual relação entre a infecção por zika e o aumento de casos.

Até agora, foram registrados no País 399 bebês que nasceram com a malformação, que se caracteriza pela circunferência cefálica inferior a 33 centímetros. Desse total, 21 na Paraíba. De acordo com o grau da doença, a criança pode apresentar deficiência mental, problemas de visão, auditivos, convulsões e dificuldades de locomoção. Outros casos foram registrados em Pernambuco (268), Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8). A maior parte dos casos foi identificada nos últimos três meses.

Fonte: Assessoria