Ator paraibano, Tito Cordeiro integra elenco do espetáculo "Palmares de Zumbi", no Rio de Janeiro

Recém saído dos sets da novela Pantanal, o ator paraibano Tito Cordeiro mergulha em mais um papel, desta vez no teatro

É neste momento de mudanças, novo presidente democraticamente eleito, novas perspectivas em torno disso, que será comemorado o Dia 20, o Dia da Consciência Negra, uma data tão importante em um momento necessário de renovações políticas, onde muito cabe uma provocação em torno da reflexão sobre essa liberdade conquistada pelo povo negro e nunca concedida.

Neste sentido, o espetáculo Palmares de Zumbi traduz a luta de um guerreiro contra a escravidão. Zumbi era um Negro imponente que não aceitava as correntes impostas pela sociedade. Exaltamos a história do guerreiro zumbi e dos seus irmãos de raça lutando pela igualdade. Uma produção DGK Imagem e direção de Jorge Knnawer.

“Meu personagem Roberto Jorge é o filho de Domingos Jorge. Ele quer ser o herdeiro das terras de palmares e pra isso ele vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance pra tomar as terras dos escravos”,  comenta Tito sobre o personagem.

Roberto Jorge pretende passar por cima do próprio irmão mais novo, Joaquim, se for preciso para poder herdar todas as terras de Palmares. Na trama ele provoca um desentendimento com os escravos na tentativa de dar orgulho ao pai, pra isso ele castiga os escravos depois na frente do pai, ele se espelha no racismo herdado do seu pai, provando que ninguém nasce racista, aprende a ser.

Ganga e Zumbi resistem às afrontas de Domingos Jorge e seu filho Roberto, mas conforme conta a história Zumbi acaba decapitado e sua cabeça é exposta em praça pública como forma de afronta e intimidação ao povo preto de Palmares.

Consciência Negra

“O povo preto ainda vive na escravidão, somos escravos da fome, da pobreza, da miséria que assola o nosso país, a nossa cultura foi duramente atacada nos últimos quatro anos, a nossa religião foi violentada, a fundação Palmares passou a ser presidida por um preto que esqueceu os pretos açoitados as escravas que foram estupradas e todo sofrimento desse povo. Nossos heróis e heroínas não são os colonizadores que escravizavam pessoas, são aqueles que resistiram a violação a sua dignidade pelo homem branco, aquelas que tiveram sua cultura assassinada, sua religião desrespeitada e sua gastronomia endemonizada”, comenta Tito.