Para Dênis Coelho
De Claudia Carvalho – do Portal Parlamentopb
Conheci Dênis Coelho durante a cobertura de uma reunião no diretório do PMDB. Ele estava a serviço de uma rádio comunitária e eu da Nova Tambaú FM. Articulado e simpático, ele demonstrou não apenas gostar de política, mas também ser apaixonado pela radiofonia. Algum tempo depois, surgiu uma vaga para repórter na 102,5 e não tive dúvidas de indicá-lo. Dênis adorou a ideia e se dedicou intensamente à nova função.
Convivemos durante aproximadamente quatro anos e, neste tempo, ele se tornou um querido amigo. Mais do que isso, descobrimos várias afinidades nas nossas histórias de vida e acompanhávamos ainda que a certa distância a vida um do outro.
Fiquei triste quando ele foi demitido da Tambaú, em outubro, quando o Tambaú Debate foi extinto. Ele me pediu para ajudá-lo a encontrar uma nova oportunidade, mas não houve tempo para que essa nova janela surgisse. Uma pena.
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Além de sua partida, as circunstâncias em que ela se deu foram muito tristes. Dênis não era o tipo de sujeito acabrunhado ou depressivo. Era um homem de sorriso aberto, de uma fé quase ingênua na vida e nas pessoas. Seja lá o que tenha acontecido, acredito que ele estava fora de si e tomado pela mais violenta e traiçoeira emoção.
Não me digam que lhe faltava Deus. Não faltava. Dênis era a materialização da generosidade, do afeto, da lealdade… é verdade que ele escrevia tudo isso por linhas tortas, às vezes, mas naquele corpanzil morava um menino de coração puro, incapaz de fazer mal a quem quer que seja.
Hoje, comprovo que os bons morrem jovens. O mundo ficou menor e meu coração, muito apertado para a saudade e a tristeza que a passagem dele deixou. Até qualquer dia, Dênis. Que Deus lhe receba e que você possa encontrar a paz que não conseguiu alcançar neste mundo.
