O ator Antonio Fagundes decidiu conceder mais uma entrevista e falou sobre diversos assuntos. Dessa vez, o famoso conversou com a revista Veja, em uma conversa publicada nessa quinta-feira (22/10), e mais uma vez citou Regina Duarte.
A publicação relembrou que Fagundes “previu” que a atriz se queimaria na época em que aceitou o cargo de secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro. Questionado se acredita que sua fala se concretizou, ele confirmou.
“Completamente. Não se queimou só de um lado, mas de todos, inclusive com aquelas pessoas que dizia apoiar. Elas a mandaram para fora do governo de uma forma bem feia. Aliás, como sempre fazem”, disse ele, que afirmou que jamais aceitaria o cargo se fosse convidado.
Na sequência, a reportagem cita Mário Frias, que foi escolhido como substituto de Regina. “Como avalia sua atuação dentro e fora das telas?”, perguntou a Veja. Sincero, o ator afirmou que não sabe responder. “Essa é pegadinha, hein? Não estou tirando o corpo fora, mas nunca vi nada desse rapaz como ator. Sou absolutamente contra a ideia de chamar um artista para a Secretaria de Cultura”, opina o famoso.
Antonio Fagundes acredita que são universos opostos. “O que um ambiente tem de nocivo, o outro é liberdade, paixão, vontade de fazer. Acaba sendo uma carnificina, tanto para o artista quanto para quem seria contemplado com as decisões. Agora, não dá para avaliar a atuação de Mario Frias porque ela não existe. Ele vai fazer o que o presidente quiser”, disparou.
Globo
Na sequência, Fagundes foi questionado sobre ser dispensado da Globo após 44 anos de casa. “Sabia que alguma hora poderia acontecer. Todos esses anos de casa foram bons para mim e, claro, para a empresa também. Logo que entrei na Globo, passei um período contratado por obra, por minha opção”, disse.
“Queria ter liberdade de fazer só o que me interessasse. Com o tempo me rendi, até porque tinha conquistado certa independência na escolha dos trabalhos. Só que a empresa mudou sua forma operacional. Entendo que não é específico comigo, que não fui mandado embora porque não sirvo mais”, continua.
Na sequência, o artista diz que a emissora quer contratá-lo para o remake de Pantanal. “Mesmo assim, escuto muito: você deu 44 anos da sua vida para eles. Não, não dei nada para ninguém. Foi uma troca”, afirmou.
Na sequência, Antonio Fagundes faz uma crítica. “TV Globo está se desfazendo de seu patrimônio e arriscando sua história. Comparando, é como se um museu que durante décadas expôs a Monalisa de repente resolvesse se desfazer justamente dela”. pondera.
“Pode ser bom, do ponto de vista administrativo e financeiro, mas corre-se um grande risco. A Globo não é uma fábrica de sapatos, trabalha com arte, emoção e fidelidade. Durante cinquenta anos, o público assistiu a essas pessoas nessa emissora e tem um carinho especial por ela. É como se a empresa propusesse esquecer todo o passado e começar o futuro. Pode dar certo, mas também pode não dar”, finalizou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: G1 GLOBO