Preconceito

Anitta comenta preconceito sofrido por ser cantora de funk

Uma das maiores celebridades do Brasil, Anitta, confirmada como atração do Rock in Rio em Lisboa, lembrou que sofreu preconceito no início da carreira por causa do estilo.

Convidada pela Universidade de Harvard para dar uma palestra sobre o Brasil no evento “Brazil Conference”, Anitta foi ovacionada quando entrou no salão nesta sexta-feira (7). Durante a palestra, que tinha como tema “Música como Instrumento de Transformação”, a funkeira contou sua história, da vida no subúrbio do Rio de Janeiro antes da fama à carreira internacional, e falou também das dificuldades antes do sucesso. Marido da cantora, Thiago Magalhães prestigiou a cantora durante a conferência. “Muito orgulho”, disse o empresário, alvo de elogios da mulher.

Uma das maiores celebridades do Brasil, Anitta, confirmada como atração do Rock in Rio em Lisboa, lembrou que sofreu preconceito no início da carreira por causa do estilo. “É muito difícil você cantar sobre o barquinho que vai, a tardinha que cai se você nunca viu essas coisas. O funkeiro canta a realidade dele. Se ele acorda, abre a janela e vê gente armada se drogando, se prostituindo, essa é a realidade dele. Para mudar o contexto da letra do funk, você precisa mudar a realidade de quem está vivendo essa realidade”, declarou a artista, eleita Mulher do Ano em por revista em 2017.

Chamada de “Beyoncé carioca” por jornal francês, Anitta comentou a importância da educação. “A educação é o ponto. Assim que você educa, você mostra para o cidadão que tudo agora está na mão dele. Tive uma mãe, que por mais que não tinha tido estudo, ela veio da Paraíba com meus irmãos, me ensinou o valor de estudar. Mas isso dá trabalho, explicar à pessoa como ela faz acontecer dá muito trabalho do que entregar na mão dela.

Ensinar a pesar dá muito mais trabalho do que entregar o peixe”, afirmou a brasileira – que passou por um estágio na Vale e em uma loja de roupas antes de decidir largar tudo para investir na carreira: “Eu saía do estágio e ia para o curso de inglês. Eu detestava. Mas minha mãe não tinha grana e ela ficava devendo (para a escola). Ela sempre falava: ‘Mês que vem vou pagar’. Os livros eram mais caros que o curso. Quando eu vou em todas as minhas reuniões (em inglês), mando uma mensagem para ela agradecendo. Antes de eu entrar no estágio da Vale eu comecei a trabalhar em uma loja como vendedora, porque não tinha como comprar roupas de escritório. Fui trabalhar um mês de vendedora para comprar essas roupas, mas eu era péssima vendedora,porque eu falava a verdade para os clientes. Se estava feio eu falava… Só deu para comprar as roupas para o estágio mesmo”.

Fonte: Purepeople
Créditos: Patrícia Dias