sem date

Amor nos tempos de coronavírus: como funcionam os apps de namoro durante a pandemia

Até mesmo o Tinder se pronunciou sobre o assunto e emitiu um comunicado com recomendações aos usuários

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia de coronavírus  não se fala em outro assunto no mundo que não seja a doença ou como se proteger dela. Até mesmo o Tinder se pronunciou sobre o assunto e emitiu um comunicado com recomendações aos usuários.

“O Tinder é um ótimo lugar para conhecer pessoas novas. Queremos que você continue a se divertir da forma mais segura possível. Veja algumas dicas fundamentais em tempos de coronavírus”, começa o aviso.

À medida que os governos determinam medidas de emergência para combater a pandemia de coronavírus, e o distanciamento social impede o encontro de pessoas em bares, cafés ou restaurantes, o amor – ou pelo menos, a luxúria – ainda encontra um caminho através de aplicativos de namoro.

Uma porta-voz do Facebook disse que o Facebook Dating também estava planejando enviar notificações, embora ainda não tenha começado.

O OKCupid enfatizou que as pessoas não deveriam se encontrar pessoalmente durante a pandemia, e tanto ele quanto Bumble estavam incentivando as pessoas a participar de chats por vídeo.

O Grindr também recomendou que pessoas evitem encontros pessoais.

Encontros ‘on-line’, refúgio inesperado frente ao coronavírus

As conversas aumentam, há mais tempo para se conhecer: em um momento em o que o coronavírus é uma realidade, os aplicativos e sites de encontros amorosos americanos desencorajam os encontros cara a cara e incentivam as conversas virtuais.

“Não é um bom momento para ir a um bar com alguém que tenha conhecido online”, escreveu na última segunda-feira (16) no Twitter o OkCupid, um dos principais nomes desse segmento no mercado.

“Usem o FaceTime, Skype, SMS, façam ligações, usem os aplicativos de mensagem em seus celulares”, escreveu o site de encontros.

“Tudo isso é muito romântico nesse momento”.

Nenhum dos grandes sites consultados pela AFP quis informar os dados sobre a evolução do uso em suas redes nos tempos do vírus.

Mas ao que parece o uso não tem caído, mas sim aumentado.

Alguns, como o universitário e escritor Matt Stoller desejam que as atividades desses aplicativos sejam suspensas.

“Temos que parar com as interações entre desconhecidas por meio da internet até o fim da crise”, escreveu em seu Twitter.

“Eu não diria que (agora) está mais difícil dar um ‘match'”, diz uma estudante de uma universidade do Texas, Tarleton State, que preferiu não se identificar.

De férias no momento, essa jovem que usa o Tinder, Bumble e Hinge diz ter conhecido novas pessoas online desde que a crise do novo coronavírus começou.

Falar sobre o momento atual é uma boa forma de puxar assunto, ainda que sua eficácia não seja comprovada.

“Se a pessoa passa a impressão de que não leva a crise a sério, ou que tenta fugir dela, não funciona para mim”, explica Lane Moore, humorista e autora.

Nascida em Nova York, ela criou um espetáculo chamado de “Tinder Live!”, no qual usa o aplicativo e improvisa.

Considera que o período atual traz uma “oportunidade”. Muitos homens que conhece no Tinder querem, às vezes, parar de conversar online para encontrar-se cara a cara, conta.

“Mas estamos em uma época em que teremos que continuar conversando” por causa do isolamento, reflete.

São novas regras de fato que são bem recebidas pelas mulheres, “porque é o momento de encontrar alguém que você goste desde o primeiro contato, e também sentir-se segura”.

Em tempos de vírus, surgem nos EUA outros sites com uma proposta mais profissional, como o “Quarantine Together” (Quarentena Juntos, em português), que propõe relações à distância, com uma conotação amorosa.

“Aproximem-se inclusive quando não puderem se aproximar”, diz o slogan desse site.

Analista do Tinder e outros sites de encontro, Lane Moore não acredita que estejamos vivendo uma revolução no segmento dos encontros virtuais.

“Imagino que quando tudo isso passar, os homens que não queriam ter conversas (mais longas) voltarão às respostas monossilábicas”, ressalta.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com Uol