No período de 2 a 30 de agosto, o Governo do Estado, por meio da Funesc realiza a 5ª edição do projeto “Agosto das Letras: Festival de Leitura da Paraíba”. O homenageado deste ano é o romancista Ariano Suassuna. A cerimônia de abertura acontece nesta sexta-feira (2), às 19h, no Teatro Santa Roza, em João Pessoa. A solenidade de abertura do projeto vai contar com a participação de Renata Silveira da Costa, do ‘Planos Municipais do Livro e Leitura (RJ)’. Em seguida, às 20h, haverá apresentação do espetáculo ‘A Pedra do Reino’, do Grupo de Teatro da Funesc, sob direção de Suzy Lopes e Tony Silva. A entrada é gratuita.
Ao longo do mês, o evento conta com oficinas, palestras, lançamentos, mesas redondas, espetáculos do projeto Interatos e uma série de atividades interativas começando pela capital paraibana e percorrendo as cidades de Taperoá no período de 7 a 9 de agosto; Mamanguape, nos dias 14, 15 e 16; Itaporanga, de 21 a 23. A programação se encerra em Cabedelo, com atividades no período de 28 a 30.
O evento tem como proposta base cultivar a leitura, principalmente entre crianças e jovens. Com o intuito de agregar várias atividades culturais para atrair diversos públicos, o evento adquire o aspecto itinerante, buscando a sua interiorização com o objetivo de levar as ações para um público maior.
Ariano Suassuna – Ariano Vilar Suassuna nasceu na cidade de Parahyba, atual João Pessoa, no dia 16 de junho de 1927, filho de Rita de Cássia Dantas Villar e João Suassuna. Seu pai era então o presidente do estado da Paraíba. Ariano nasceu nas dependências do Palácio da Redenção, sede do Executivo paraibano. No ano seguinte, o pai deixa o governo da Paraíba, e a família passou a morar no Sertão, na Fazenda Acauã, em Sousa.
Com a Revolução de 1930, João Suassuna foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro, e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
Ariano Suassuna foi um dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta e professor brasileiro. Idealizador do Movimento Armorial e autor das obras Auto da Compadecida, O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. Foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil, Secretário de Cultura de Pernambuco (1994-1998) e Secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014.
A Pedra do Reino – A performance é resultado do trabalho desenvolvido no Grupo de Teatro da Funesc e foi criada a partir do romance A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna. Publicado originalmente em 1971, a trama narra a história de Dom Pedro Dinis Ferreira, o Quaderna, apresentando seu memorial de defesa perante o corregedor, uma vez que foi preso por subversão em Taperoá, interior da Paraíba. O narrador-personagem conta a saga de sua família e se declara descendente de legítimos reis brasileiros, castanhos e “cabras” da Pedra do Reino do Sertão, sem relação com os “imperadores estrangeirados e falsificados da Casa de Bragança”. Fala ainda do seu envolvimento com as lutas e desavenças políticas, literárias e filosóficas no seu reino.
O experimento cênico conta com a direção da atriz Suzy Lopes e do ator e diretor Tony Silva, focando no envolvimento e trajetória de Quaderna e a Onça Caetana, essa que nos espreita nas esquinas da vida ou curvas das estradas. Intercalando personagens, o elenco desenvolve performances em lugares diferentes do teatro em um jogo de sensação e iluminação, de corpos e figurinos.
Fonte: Secom-PB
Créditos: Secom-PB