Theo Zwanziger, ex-presidente da federação alemã de futebol (DFB), revelou nesta sexta-feira (23) que houve “fundo de corrupção” durante o período de candidatura do país para sediar a Copa do Mundo de 2006. Mais além, acusa o seu sucessor no cargo, Wolfgang Niersbach, de ter conhecimento da ocorrência desde 2005.
“Para mim, Niersbach mente. Ele sabia de tudo isso desde 2005, mas alega que só descobriu há algumas semanas”, afirma Zwanziger, em entrevista publicada pela revista Der Spiegel.
Zwanziger cobrou de sua equipe de advogados que avaliasse se ele havia praticado algum crime quando avalizou o pagamento de 6,7 milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões no câmbio da época) à Fifa, em 2005. O montante foi parar nas mãos de Robert Louis-Dreyfus, então presidente da Adidas.
Ídolo do futebol alemão, Franz Beckenbauer também tem o nome envolvido no episódio. Presidente da candidatura alemã em 2005, ele estendeu “nota promissória” em nome de Louis-Dreyfus, assinada por “ações no processo de candidatura para a Copa”.
O ex-presidente ainda deu versão sobre o destino do dinheiro de Louis-Dreyfus. Segundo ele, telefonou para Horst R. Schmidt, que foi vice-presidente do comitê organizador alemão, e registrou a conversa. O cartola teria citado o nome de Mohammed Bin Hammam, membro do Comitê Executivo da Fifa entre 1996 e 2011. Nem Smith e nem Hammam responderam às tentativas de contato da Der Spiegel.