ALERTA

100 DIAS: Em nota pública Sindicato dos Médicos da Paraíba alerta para situação alarmante na cardiologia pública

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A nota divulgada nesta quarta (10) revela que já contam 100 dias em que serviços de hemodinâmica e cardiologia estão suspensos. A nota informa que os serviços eletivos pactuados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não passam por reajustes há 10 anos e isso foi a motivação para a paralisação dos serviços. Confira a nota.

NOTA PÚBLICA:

Hoje, dia 10 de agosto de 2016, completam exatamente 100 (cem) dias de paralisação dos serviços eletivos de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista nos serviços privados prestadores ao SUS em toda cidade de João Pessoa e demais municípios com ela pactuados. Atualmente não temos nenhum serviço hospitalar disponível para realização de cateterismos cardíacos aos usuários da saúde pública em nossa região e o atendimento aos pacientes em risco potencial de Infarto Agudo do Miocárdio está sendo realizado com a terapêutica disponível a 30 anos atrás, com aumento significativo na mortalidade por essas doenças. Temos hospitais prontos para realizar tais atendimentos porém atravessando momento excepcional de inviabilidade financeira em relação aos custos do procedimento e os valores repassados pelo SUS em suas tabelas que são exatamente os mesmos a quase 10 anos. Isso mesmo, quase 10 anos sem reajustes é o que motiva tal paralisação.

O Sindicato dos Médicos da Paraíba – SIMED – vem por meio desta nota pública lamentar o completo descaso das esferas governamentais responsáveis em relação ao grupo de patologias que mais mata em todo o mundo, inclusive em nosso meio, bem como alertar à população e seus potenciais defensores de tal lastimável situação.

Apenas para ciência, informamos que já foram tempestivamente notificados a secretaria de saúde do município, o prefeito de João Pessoa, a secretaria de saúde do estado, o governador da Paraíba, o conselho regional de medicina, o ministério público estadual, o ministério público federal, a promotoria de justiça de defesa da saúde, o conselho de secretarias de saúde, o conselho municipal de saúde, o conselho estadual de saúde, a federação das associações de municípios da Paraíba, bem como a sociedade paraibana de cardiologia e a própria população, porém até agora não houve solução para o problema.

Que Deus nos proteja.

João Pessoa (PB), 10 de agosto de 2016.

SINDICATO DOS MÉDICOS DO ESTADO DA PARAÍBA

Fonte: ASSESSORIA