Um veículo conduzido por eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) causou um princípio de tumulto durante um ato de campanha de Fernando Haddad (PT) em Brasília nesta quinta-feira (11). O caso veio à tona na noite de quinta quando Paulo Teixeira, vice-presidente nacional do PT, falou sobre o assunto em uma rede social. O deputado afirmou que os manifestantes teriam impedido a saída do veículo em que o presidenciável estava.
“Atenção! Um carro com gente do Bolsonaro acaba de fechar o carro com o Haddad dentro. A polícia Federal parou o motorista e prendeu a sua carta. Uma campanha violenta!”, escreveu Paulo no Twitter.
A assessoria de imprensa de Fernando Haddad esclareceu que, na verdade, o incidente ocorreu na manhã de quinta, durante um evento oficial do candidato com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília. Três homens em uma caminhonete bloquearam a passagem quando a comitiva tentava deixar o local.
A situação só foi resolvida com a intervenção da Polícia Federal, que dispersou os manifestantes. Os agentes, porém, não teriam retido documentos dos homens ou os levado para prestar esclarecimentos. Não foi registrado boletim de ocorrência e os manifestantes não foram identificados.
Hoje (12), o deputado apagou o tuíte esclareceu que a informação de que PF teria apreendido a carteira do motorista não foi confirmada.
“Ontem postei aqui que a caravana do Haddad foi fechada por um carro. A noticia me foi confirmada por diversas fontes. Quero corrigir a outra parte da noticia, a que dizia que a pessoa tinha sido parada pela PF e a carteira apreendida. Não foi confirmada”, escreveu o deputado hoje.
Um vídeo gravado no local também mostra um dos integrantes do grupo fazendo provocações, afirmando que “Bolsonaro iria acabar com os comunistas”. O homem, que usa uma camiseta de Jair Bolsonaro, critica ainda a Teologia da Libertação, corrente cristã latino-americana que relaciona os ensinamentos de Jesus Cristo a injustiças sociais e econômicas.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal e aguarda retorno. O candidato Jair Bolsonaro também foi procurado, mas ainda não se manifestou.
Fonte: Congresso em Foco
Créditos: Congresso em Foco