Faltando duas semanas para o segundo turno das eleições 2018, a polarização no Brasil nunca esteve tão acirrada. Para muito além de seus adoradores, os candidatos à Presidência da República Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) colecionam renegados, que não querem votar em nenhum dos dois.
Isso fez surgir uma inesperada (e, por que não dizer, irônica) terceira via. Pelo menos nas redes sociais. Ainda que vá sair do Palácio do Planalto como o presidente com maior índice de rejeição da história (gerando um clamor popular resumido no #ForaTemer), Michel Temer (MDB) viu seu nome se tornar uma “opção” entre aqueles desesperados com a ideia de entregar o país a Bolsonaro ou Haddad.
Assim, surgiu o “movimento” #FicaTemer. Por meio da hashtag, eleitores clamam para que o emedebista se mantenha no Palácio Jaburu ao lado de Dona Marcela, destilando autoestima, poesias e mais quatro anos de memes.
“Sei lá, o jeito que ele tirava meus direitos era diferente”, escreveu uma eleitora, já acometida de um saudosismo antecipado.