Aos 33 anos, Eduardo Leite (PSDB) venceu as eleições no Rio Grande do Sul e tornou-se o terceiro governador mais jovem da história do país, depois de Gilberto Mestrinho (governador do Amazonas aos 31 anos, em 1959) e Ciro Gomes (governador do Ceará também aos 33 anos, em 1991). Leite derrotou o atual governador José Ivo Sartori (MDB). Com isso, o tucano ameniza a derrocada do PSDB, que saiu enfraquecido após o primeiro turno.
O apelo pela renovação política foi o mote da campanha de Leite. O ex-prefeito de Pelotas despontou no cenário político como alternativa às lideranças tradicionais gaúchas.
Segundo especialistas, ele soube aproveitar a elevada rejeição dos partidos de esquerda e o desgaste político de Sartori por causa da crise financeira no estado. Leite teve ainda uma tradição a seu favor: desde que a reeleição foi instituída, em 1997, os gaúchos nunca reelegeram um governador.
“Eduardo Leite conquistou votos por ser um candidato jovem, por ser novo no cenário político e, ao mesmo tempo, por já ter experiência política. Ele governou a terceira maior cidade do estado e obteve altos índices de aprovação lá, tanto que conseguiu fazer sua ex-vice-prefeita ser eleita em Pelotas”, afirmou Augusto Neftali de Oliveira, professor da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Apoio a Bolsonaro e porta aberta com a esquerda
Tanto Leite como seu rival declararam apoio a Jair Bolsonaro (PSL) após o resultado do primeiro turno. Porém, o governador eleito adotou um discurso menos radical do que Sartori, afirmando que “jamais votou no PT”, mas que não concordava plenamente com as ideias do capitão reformado. “Não vi autocrítica do Bolsonaro sobre frases que não respeitam a democracia e a existência pacífica e natural de outros seres humanos”, declarou Leite.
Fonte: Uol
Créditos: Uol