trocas de comando

Com a perspectiva de vitória de Bolsonaro, militares discutem novo comando

O que está em jogo são as substituições do almirante Eduardo Ferreira, da Marinha, do brigadeiro Nivaldo Rossato, da Aeronáutica, e do general Eduardo Villas Bôas, do Exército

 

Com a perspectiva de vitória do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), os militares começam a fazer as apostas para as trocas de comando nas Forças Armadas. O que está em jogo são as substituições do almirante Eduardo Ferreira, da Marinha, do brigadeiro Nivaldo Rossato, da Aeronáutica, e do general Eduardo Villas Bôas, do Exército. Os três tomaram posse em abril de 2015, logo depois que a presidente Dilma Rousseff assumiu o segundo mandato.

No Exército, a expectativa é de que Bolsonaro, caso eleito, siga a tradição, interrompida por Dilma, de chamar o general mais antigo para assumir o comando. A partir dessa regra não escrita, quem assumirá o cargo será Edson Leal Pujol, atual chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia da força. Nascido em Dom Pedrito (RS), Pujol tem 63 anos e foi o primeiro da turma na Academia Militar das Agulhas Negras, a Aman, em 1977. Em 2013, foi nomeado comandante da Força de Paz na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). O oficial recebeu elogios do então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Na sequência dos favoritos, por antiguidade, estão os generais Paulo Humberto, chefe do Estado Maior do Exército; Mauro Cid, chefe do Departamento de Educação e Cultura; e Carlos Barcellos, do Comando Militar do Norte. Todos os quatro oficiais são da turma de Bolsonaro na Academia das Agulhas Negras, no fim da década de 1970, e têm mantido conversas com o deputado sobre as diretrizes para um eventual governo, segundo fontes militares. O presidenciável, como se sabe, não foi promovido além da patente de capitão, optando pela candidatura ao cargo de vereador, na eleição de 1988.

Defesa

O atual comandante do Exército, general Villas Bôas, sofre com uma doença degenerativa, mas decidiu permanecer no cargo até a troca de comando. Até o momento, Bolsonaro definiu como ministro da Defesa do eventual futuro governo o general Augusto Heleno. O vice do presidenciável é outro oficial da mais alta patente, o general Hamilton Mourão, mas ele tem mantido conversas com os generais Oswaldo Teixeira, para a área de transportes, e Ribeiro Souto, para Educação e Ciência. Das três forças, a que tem mantido mais distância dos movimentos políticos do deputado é a Marinha

Fonte: Congresso em Foco
Créditos: Congresso em Foco