A candidata ao Governo do Estado pelo PSTU, Rama Dantas, emitiu uma nota falando sobre o resultado das eleições 2018. Rama criticou o tempo que teve no guia eleitoral e disse que considera o processo eleitoral uma farsa. No texto, ela afirma que “as eleições não muda nada nas nossas vidas” e que apenas um setor importante conseguiu entender isso.
Rama Dantas marcou coletiva à imprensa às 14h, na sede do PSTU, na rua Apolônio Nóbrega, no bairro Castelo Branco.
Confira a nota de Rama Dantas sobre o resultado do primeiro turno
Em primeiro lugar quero agradecer em nome de toda a militância do PSTU os 3.145 votos que recebemos. Com o fim do primeiro turno na Paraíba, algumas questões devem ser levadas em consideração em nossa análise, diante de toda essa farsa que é o processo eleitoral (e que denunciamos nos míseros 10 segundos de guia a que tivemos direito), uma pequena mas importante parcela da classe trabalhadora paraibana nos ouviu e depositou seu voto em nosso programa de fazer uma rebelião neste estado.
Mas não vamos nos ater apenas a esses números, outros devem ser levados em consideração, quase 21% dos eleitores votaram branco ou nulo e mais de 15% não foram votar, isso significa que mais de um terço do eleitorado não participou efetivamente do processo, e por que isso?
Um setor importante da classe já consegue entender que as eleições não mudam nada nas nossas vidas, de que essa democracia é dos ricos e que as trabalhadoras e trabalhadores vão ter que encontrar suas formas de mudar e melhorar as suas condições de vida.
A eleição de João no primeiro turno representa a continuidade de um projeto da burguesia, que se beneficia da máquina estatal e que reprime duramente os servidores públicos, como é o caso dos técnicos administrativos.
Se por um lado a derrota de Cássio Cunha Lima, ao senado, representa um golpe em um setor das oligarquias regionais, a eleição de Veneziano e Daniela reforça outro setor oligarca e não o projeto da classe trabalhadora.
Nem a eleição de Daniela representa um avanço, pois mesmo sendo uma mulher, ela é de outra classe e assim não defende as bandeiras históricas das mulheres, pois as nossas bandeiras significam uma luta contra o capital que nos oprime e explora, principalmente através do machismo.
A luta continua, convocamos a classe trabalhadora paraibana a se organizar e a resistir aos ataques que virão por aí, a conhecerem o nosso partido e o nosso programa revolucionário, e juntos construirmos uma rebelião em nosso estado, no Brasil e no mundo.
Sobre a posição do PSTU no segundo turno nacional, a nossa direção está discutindo e ainda esta semana nos pronunciaremos, defenderemos o que acreditamos ser melhor para a nossa classe e para a construção de uma rebelião.
Fonte: Polêmica Paraíba com Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba com Assessoria