O candidato a deputado estadual no Rio Rodrigo Amorim (PSL), que quebrou uma placa de homenagem a Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 14 de março, foi eleito. Ele recebeu 140 mil votos nas eleições 2018. O candidato concorreu pelo mesmo partido de Jair Bolsonaro.
Amorim foi o candidato mais votado do Rio à Assembleia Legislativa do Estado.Rodrigo Amorim postou foto no Facebook após destruir uma homenagem a Marielle. Ele contou na postagem que, com o candidato a deputado federal Daniel Silveira, do mesmo partido, quebrou ao meio uma placa de nome de rua onde se lia Rua Marielle Franco. Aliados da vereadora assassinada tinham colocado a inscrição em uma das esquinas da Praça Floriano, na Cinelândia, onde fica a sede da Câmara Municipal. Daniel Silveira não se elegeu.
No texto, Amorim afirmou que, em uma suposta “depredação do patrimônio público, (aliados de Marielle) removeram ilegalmente” a placa com o nome original, “colando uma placa fake (falsa) com os dizeres ‘Rua Marielle Franco’ em cima da placa original”. O candidato continua: “Cumprindo nosso dever cívico, removemos a depredação e restauramos a placa em homenagem ao grande marechal”. E conclui: “Preparem-se, esquerdopatas: no que depender de nós, seus dias estão contados”.
Na publicação, Amorim defende a punição a quem houver assassinato Marielle, e reclama que a esquerda se calou diante da morte de outras pessoas e da facada desferida contra Bolsonaro.
“É respeitável que o Jair, meu colega na Câmara, não tenha manifestado pesar quando Marielle morreu, como nós prontamente fizemos quando um criminoso o esfaqueou. Cada um reage como é do seu jeito, e não há nenhum problema nisso”, afirmou o deputado federal e candidato a senador Chico Alencar (PSOL). “Mas destruir uma homenagem a uma vereadora assassinada e se gabar disso é barbárie, é inacreditável”, continuou.
O deputado estadual e candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu os correligionários que destruíram a placa. Flavio Bolsonaro ficou em primeiro lugar na corrida à Casa Legislativa. O filho do capitão reformado do Exército recebeu mais de 4,3 milhões de votos.
“Eles restauraram a ordem na placa que era de homenagem ao Marechal Floriano. O PSOL acha que está acima da lei e pode mudar nome de rua na marra. Eles só tiraram a placa que estava lá ilegalmente. Se o PSOL quer homenagear a Marielle, apresente projeto de lei, proposta na prefeitura, para botar a placa, mas não pode cometer um ato ilegal como esse”, disse o parlamentar. Ele se posiciona como de direita – o PSOL se apresenta como esquerda.
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão